Carros dificultam operação para retirar metrô que saiu dos trilhos
Embora estejam parados de forma regular, eles impedem a aproximação dos guindastes que vão içar os vagões descarrilados nesta quarta (28/2)
atualizado
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Pelo menos cinco carros estacionados próximos à estação do metrô de Arniqueiras, na Rua 12 Norte, em Águas Claras, serão removidos pela empilhadeira do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF). Embora estejam parados de forma regular, eles impedem a aproximação dos guindastes que vão içar os vagões descarrilados nesta quarta-feira (28/2).
Alguns motoristas foram localizados. Outros, entretanto, continuam sem contato. Provavelmente são pessoas que deixam os veículos logo cedo na estação e pegam o metrô para irem trabalhar na área central de Brasília, só retornando no final do dia. Os automóveis serão colocados em outro estacionamento próximo, que foi cercado pela Polícia Militar.
De acordo com informações do Metrô-DF, quatro vagões serão desconectados, erguidos pelos guindastes e recolocados sobre os trilhos novamente. Depois, vão ser rebocados para o depósito. Os trilhos ficaram danificados e, para serem consertados, a energia na linha foi desligada. A expectativa é de que até a manhã desta quinta-feira (1º/3) o sistema volte a funcionar em Águas Claras.Conforme informou Carlos Alexandre da Cunha, diretor do Departamento de Operação e Manutenção do Metrô-DF, os trens apresentaram falhas no freio durante o trajeto, o que pode ter causado o descarrilamento.
“O piloto retirou os passageiros na estação de Águas Claras. Porém, não conseguiu parar na zona de manobras porque os freios falharam novamente. Por isso, a composição teria avançado sobre o para-choque que delimita a área e os vagões saíram dos trilhos”, explicou.
A fim de reduzir o prejuízo aos usuários, foi montado um esquema compartilhado entre ônibus e metrô para levar e trazer as pessoas entre as estações Arniqueiras e Águas Claras.
De acordo com o Sindicato dos Metroviários (SindMetrô), a manutenção do sistema é precário. “Os trilhos são antigos e a reposição de peças não é feita da forma como deveria”, disse Renata Campos. A entidade cobra 632 nomeações. São cargos de administrativo, de servidores que vão trabalhar nas estações, na segurança, e alguns de nível superior.