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As pedras no caminho dos ciclistas da UnB

Irregularidades nas ciclovias, cruzamentos perigosos e falta de locais adequados para guardar bicicletas são alguns dos problemas detectados em pesquisa de alunos da universidade

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Divulgação/UnB/Isa Lima
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1 de 1 16639330847_7943a6a0fe_o - Foto: Divulgação/UnB/Isa Lima

Irregularidades nas ciclovias, cruzamentos perigosos e falta de locais adequados para guardar bicicletas. Esses são alguns dos problemas enfrentados pelos estudantes da Universidade de Brasília (UnB) que circulam no campus Darcy Ribeiro, segundo pesquisa publicada por alunos do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental (ENC/FT).

O diagnóstico é resultado do mapeamento de mais de 20 km de ciclovias, da identificação e análise do estado de conservação de paraciclos e de questionários aplicados a ciclistas e não ciclistas. Entre os problemas encontrados nas pistas exclusivas para as bicicletas estão a descontinuidade de trechos, como ocorre próximo ao Hospital Veterinário na Via L4 Norte, e a falta de iluminação e placas em travessias perigosas.

A insuficiência e a degradação de paraciclos foram as principais dificuldades detectadas para estacionar as bicicletas. “Nosso trabalho teve duas frentes: a questão da estrutura e a do comportamento dos ciclistas”, explica a estudante Amanda Borges, uma das cinco responsáveis pela pesquisa.

Conflitos
Questionários aplicados a 50 ciclistas indicam que a convivência no campus com pedestres, motoristas e até outros usuários de bicicleta nem sempre é harmoniosa. Mais de 40% afirmaram já ter enfrentado situações difíceis em decorrência de problemas que incluem o fluxo de pessoas a pé nas ciclovias e a alta velocidade dos carros em cruzamentos.

Por outro lado, os entrevistados admitem não conhecer as regras de trânsito para ciclistas. Apenas 10% disseram estar por dentro das normas, e a maioria (72%) não costuma usar equipamentos de segurança como o capacete. “Isso mostra que é preciso investir na conscientização das pessoas”, avalia a aluna e pesquisadora Aline Amaral.

Para o professor e orientador da pesquisa, Pastor Willy Gonzales Taco, as propostas são viáveis e nasceram “de um trabalho muito bom, que pode ter desdobramentos para ajudar a modificar a realidade da mobilidade no campus”. O prefeito dos Campi, Marco Aurélio Oliveira, tem mantido contato com o docente e disse que ações como passeios ciclísticos pelo campus serão realizadas para dar mais visibilidade e conscientizar a comunidade sobre esse meio de transporte.

Ele também ressaltou o esforço do Diretório Central de Estudantes que, em parceria com a prefeitura, começou a instalar e restaurar paraciclos na UnB. Em relação às ciclovias, Marco Aurélio informou que a administração tem intensificado o diálogo com as autoridades de trânsito e com órgãos do governo local, responsável pelas pistas que cortam a universidade. Com informações da Agência UnB

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