metropoles.com

Alunos protestam e oposição apresenta projeto que amplia Passe Livre

Ato em frente à Câmara Legislativa criticou a intenção do GDF em reduzir quem tem direito à gratuidade no transporte público do DF

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
protesto passe livre
1 de 1 protesto passe livre - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

Cerca de 120 estudantes protestaram em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) na tarde desta sexta-feira (8/2) contra o projeto de lei do GDF que reduz os benefícios do Passe Livre no transporte público. O ato foi, ainda, em apoio à proposta do deputado Fábio Felix (PSol) protocolada mais cedo que, na contramão do governo, amplia a gratuidade nas passagens de ônibus e metrô da capital. Também assinam o texto os distritais Arlete Sampaio (PT), Chico Vigilante (PT), Leandro Grass (Rede) e Reginaldo Veras (PDT).

De acordo com o projeto de lei, estudantes menores de idade ou com deficiência devem ter direito a acompanhante, em qualquer linha, inclusive nos feriados e finais de semana. O texto mantém a isenção por até um ano para quem tiver concluído o ensino médio.

Do lado de fora da CLDF, estudantes comentaram a polêmica. “Vim porque não quero perder o benefício. Não precisamos dele apenas para ir e voltar da escola. Isso afeta não apenas quem é politizado mas também quem não se envolve com política”, disse o aluno de psicologia da Unip Pedro Henrique, 23 anos.

“Retirar direitos é um grande vacilo do governador. Isso prejudica o ambiente social e a educação no Distrito Federal. Ao cortar programas que ajudam os estudantes, o GDF cria problemas futuros”, emendou Pedro Pires, 20, aluno de engenharia florestal na Universidade de Brasília (UnB).

O ato desta sexta (8), que foi acompanhado por cerca de 100 policiais militares, é o terceiro promovido por beneficiários do programa desde que o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou, na segunda (4), a intenção de acabar com a gratuidade no transporte público. Após a repercussão negativa, o Executivo enviou um projeto “mais light” à Câmara.

Líder da oposição na CLDF, Fábio Felix é um dos críticos das mudanças propostas pelo Executivo nas regras do Passe Livre Estudantil. Entre as reclamações do distrital, está o fim do Comitê do Passe Livre, que, segundo ele, servia para a população participar de discussões sobre os benefícios. No projeto apresentado pelo deputado do PSol, o comitê é recriado na forma de conselho.

Imagem cedida ao Metrópoles
Estudantes em frente à CLDF: críticas ao governo

 

“Ao contrário do que propõe o governo, nós entendemos a necessidade de garantir a mobilidade do estudante para além do trajeto casa-escola. O acesso à cultura, ao lazer, ao espaço escolar nos fins de semana é muito importante e configura direitos sociais da juventude”, destacou Fábio Felix.

O distrital criticou a suspensão “arbitrária” do benefício de alunos após uma auditoria do DFTrans e afirma que é necessário o governo ampliar a fiscalização para evitar fraudes e o cancelamento dos cartões quando houver indícios de irregularidades.

2 imagens
Projeto de Lei foi protocolado nesta sexta-feira (8/2)
1 de 2

Integrantes do Movimento Passe Livre participaram da elaboração da proposta

Alê Bastos/CLDF
2 de 2

Projeto de Lei foi protocolado nesta sexta-feira (8/2)

Alê Bastos/CLDF

 

Imbróglio
A ideia inicial do Executivo era extinguir de vez a gratuidade, reduzindo a um terço o pagamento para os estudantes carentes. O benefício parcial valeria tanto para alunos da rede pública quanto para os de colégios particulares que têm renda familiar total inferior a quatro salários mínimos ou são beneficiados por bolsa de estudo. Os demais pagariam a tarifa cheia.

Após pressões, o Executivo recuou e apresentou nova proposta a fim de tirar o benefício apenas dos estudantes de unidades privadas, com as seguintes exceções: possuírem renda familiar total inferior a quatro salários mínimos vigentes à data da concessão do benefício (atualmente, R$ 3.992); detentores de bolsa de estudo; beneficiários de programa de financiamento estudantil, diretamente ou por intermédio de, ao menos, um dos pais beneficiário de programas de assistência social custeados pelo DF ou pela União.

Além disso, o GDF quer limitar o número de viagens e linhas para quem receber o benefício. Com as mudanças, o governo prevê economizar entre R$ 110 milhões e R$ 150 milhões por ano.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?