PCDF quer dados telefônicos de motorista que matou motociclista
Polícia Civil apura se a condutora de um Hyundai iX35 enviava mensagens pelo celular no momento em que atropelou e matou o servidor Antonio Eduardo da Silva Mendes, em 22 de maio
atualizado
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A mulher que atropelou e matou o motociclista Antonio Eduardo da Silva Mendes, 52 anos, em uma avenida do Setor Sudoeste em 22 de maio pode ter o sigilo telefônico quebrado. Denúncias apontam que a condutora do Hyundai iX35, que não teve o nome divulgado, estivesse enviando mensagens pelo celular no momento do acidente. Segundo a Polícia Civil, os dados serão usados para concluir o inquérito. A motorista foi indiciada por homicídio culposo (sem intenção de matar).
Além da morte de Mendes, o acidente deixou outra motociclista ferida. Imagens da câmera de segurança de um posto de combustível instalado próximo ao local, na entrada do Sudoeste pelo Eixo Monumental, mostram o momento em que o veículo atinge as duas motos e, depois de instantes, dá ré. Segundo testemunhas, nessa hora, o carro atropelou Mendes.Veja o vídeo:
Quebra-molas
Segundo a Polícia Militar, as vítimas reduziam a velocidade para passarem em um quebra-molas quando foram atingidas. Mendes sofreu uma parada cardiorrespiratória. Equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentaram reanimá-lo por 50 minutos, mas não resistiu. A outra motociclista recebeu os primeiros atendimentos no local e foi levada para o Hospital de Base com alguns ferimentos, consciente.
Na terça-feira (24), em homenagem ao motociclista morto, um cortejo acompanhado por cerca de 400 motociclistas saiu do Setor de Oficinas Sul (SOF) e escoltou o caixão com o corpo do servidor até o cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. O ato foi transformado em um grande protesto contra o uso de celular ao volante.
Pessoas que testemunharam o acidente afirmaram que a motorista do carro, de 45 anos, estaria enviando mensagens na hora da colisão. Este ano, 19.938 brasilienses foram multados por essa infração. A condutora do carro fez o teste do bafômetro e, segundo a polícia, não apresentava sinais de embriaguez. Ela foi levada para a 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), prestou depoimento e negou que estaria no celular.