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Nove ciclistas morreram nas vias do Distrito Federal em 2017

A mais recente vítima é Edson Antonelli, morto no Lago Norte por uma motorista que estava alcoolizada, segundo teste feito pelo DER

atualizado

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Corpo de Bombeiros/Divulgação
Ciclista atropelado Lago Norte
1 de 1 Ciclista atropelado Lago Norte - Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

A morte de Edson Antonelli, 61 anos, que foi atropelado por uma motorista embriagada enquanto pedalava na ciclofaixa do Lago Norte, por volta das 10h deste domingo (23/4), engrossa uma triste e preocupante estatística. De acordo com levantamento do Departamento de Trânsito do DF (Detran- DF), somente este ano, nove ciclistas perderam a vida nas pistas da capital federal. Do total, três acidentes ocorreram em rodovias que cortam a cidade e os demais em vias urbanas.

As estatísticas do órgão apontam que, em todo o ano passado, 19 ciclistas morreram. Em 2015, foram 32 óbitos. Os dados se tornam ainda mais assustadores quando envolvem motoristas que insistem em desrespeitar a lei e beber antes de pegar o volante.

Nos três primeiros meses deste ano, 4.834 condutores foram autuados por dirigir após a ingestão de bebida alcoólica, o que representa um aumento de 36,5% em relação ao mesmo período de 2016. A média diária foi de 53 multas, no valor de R$ 2.934,70 cada.

Somente no último fim de semana, o Detran e a Polícia Militar autuaram 127 condutores embriagados, sendo que quatro foram conduzidos à delegacia por apresentarem concentração de álcool superior a 0,3 miligrama por litro de ar expelido dos pulmões, que é considerada crime.

Para a coordenadora-geral da ONG Rodas da Paz, Renata Florentino, 32 anos,  a segurança e o respeito aos ciclistas devem ser garantidos por meio de campanhas educativas, sinalização das vias e fiscalização rigorosa. “O que aconteceu (no Lago Norte) não foi um acidente e, sim, um crime. Isso poderia ser evitado se a motorista seguisse as normas de trânsito”, disse.

Ainda segundo Renata, para reverter as estatísticas, é necessário uma vigilância constante da sociedade. “Que os amigos e familiares não deixem que o amigo embriagado saia dirigindo por aí. Só assim conseguiremos evitar mais mortes”, alerta.

Ações educativas
Em 15 de abril, Dia Mundial do Ciclista, o Detran iniciou, em Planaltina, a campanha “Ultrapasse. Não passe”. A iniciativa visa a conscientização de condutores sobre a distância de segurança de 1,5 metro do carro em relação a quem circula de bicicleta nas vias.

Como foi o atropelamento
Edson Antonelli foi atropelado na via principal do Lago Norte pela universitária Mônica Karina Cajado Lopes, 20 anos. A jovem dirigia um GM Ônix e teria invadido a pista exclusiva para ciclistas. O corpo do empresário foi arrastado por alguns metros até que Mônica conseguiu parar o carro.

O teste do bafômetro feito por agentes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) detectou que ela dirigia com 0,865 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões. Após o resultado, a PM encaminhou a mulher para a 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).

Na delegacia, Mônica contou que voltava da festa Surreal, na Torre Digital. Ela diz ter pegado um Uber até a QI 12 do Lago Norte, onde seu carro estava estacionado, e acredita ter dormido ao volante.

A mulher responderá por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e embriaguez ao volante. A condutora está na Divisão de Controle e Custódia de Preso do Departamento de Polícia Especializada (DPE) e deve ser transferida à Penitenciária Feminina Colmeia. O enterro de Edson Antonelli ocorre nesta segunda-feira (24/4), às 13h, na capela 7 do Cemitério Campo da Esperança, na Asa sul. O sepultamento está previsto para as 17h.

A defesa de Mônica reforça que a jovem não teve a intenção de matar e que ela pretendia dormir na casa da amiga, onde deixou o carro, mas achou que conseguia chegar até em casa.” Se condenada, a estudante pode pegar até quatro anos de prisão.

As mais recentes estatísticas apontam que o total de pessoas mortas em acidentes de trânsito vem caindo no Distrito Federal. O primeiro trimestre de 2017 registrou 54 óbitos nas vias da capital do país, o menor número dos últimos 18 anos. De janeiro a março de 2016, 72 vítimas perderam a vida nas pistas que cortam o DF.

 

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