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Vídeo mostra pânico durante o assalto a ônibus em Ceilândia

Mulher morreu atropelada pelo próprio coletivo quando tentava escapar da ação dos bandidos na madrugada desta terça (13/3)

atualizado

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assalto ceilandia
1 de 1 assalto ceilandia - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Uma mulher morreu após ser atropelada por volta das 5h30 desta terça-feira (13/3), na avenida Elmo Serejo, no P Sul, em Ceilândia, enquanto tentava fugir de um assalto dentro do coletivo onde estava. Moradora do Pôr do Sol, na mesma cidade, a auxiliar de limpeza Claudineia Oliveira Teixeira, 37 anos, seguia para o trabalho, na L2 Sul, quando dois criminosos entraram no veículo. Imediatamente, exigiram que as vítimas passassem os celulares. Imagens do sistema de câmera de segurança do coletivo filmaram o assalto.

O vídeo mostra passageiros em pânico. Desorientados, eles correram pelo ônibus. As imagens exibem também uma mulher que passou mal e desmaiou no coletivo. Ela foi acudida por outra passageira e recobrou a consciência segundos depois, mas ficou apavorada, pois, naquele momento, os bandidos ainda agiam. Um deles, inclusive, caminhou armado pelo corredor do veículo.

Segundo informações da Polícia Civil do DF, logo que os criminosos anunciaram o roubo, os passageiros entraram em desespero e pressionaram o motorista para frear o veículo. Antes de ele parar completamente, Claudineia desceu pela porta da frente e foi atropelada pelo próprio ônibus.

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Wallison, 19 anos, filho de Claudineia, não se conforma com a tragédia
Claudineia seguia para o trabalho, no Hospital Oftalmológico de Brasília, na L2 Sul, quando foi atropelada
Claudineia tinha medo de assaltos na região do Pôr do Sol
Parada de ônibus próximo à casa de Claudineia fica perto de um posto da PM
Parada de ônibus localizada perto da casa da vítima
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Marido de Claudineia, Elton levava a esposa no terminal do P Sul porque ela tinha medo de ser assaltada na parada de ônibus perto de casa

JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
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Wallison, 19 anos, filho de Claudineia, não se conforma com a tragédia

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Claudineia seguia para o trabalho, no Hospital Oftalmológico de Brasília, na L2 Sul, quando foi atropelada

Arquivo pessoal
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Claudineia tinha medo de assaltos na região do Pôr do Sol

Arquivo pessoal
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Parada de ônibus próximo à casa de Claudineia fica perto de um posto da PM

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Parada de ônibus localizada perto da casa da vítima

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Ana Cristina conhecia Claudineia. A mulher pede mais segurança na região

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Terminal onde Claudineia pegava o ônibus para fugir da criminalidade

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Uma testemunha viu que, ao descer, Claudineia desequilibrou o pé. Logo em seguida, ouviu um tranco do ônibus ao “passar sobre algo”. A vítima caiu embaixo do ônibus e o corpo dela ficou preso pelas rodas do meio do coletivo. Os bandidos fugiram logo em seguida. Imagens gravadas de um celular mostram o momento em que eles saem correndo com bolsas e outros pertences dos passageiros. Em seguida, entram em um carro que dava cobertura.

Por volta das 8h40, policiais militares encontraram o suposto veículo que os criminosos usaram para fugir, um Fiat Siena vermelho, na altura da Octogonal. O veículo estava abandonado e até a última atualização desta reportagem nenhum suspeito havia sido preso.

Dor e tristeza
Marido de Claudineia, o mecânico Elton Teixeira Machado, 52, não se conforma com a tragédia. Ele disse que a esposa tinha medo de pegar ônibus na parada mais próxima de casa porque ocorriam muitos assaltos na região. Então, por segurança, ele a levava ao terminal do P Sul, de madrugada. “Nada do que fizemos adiantou. Infelizmente, nós perdemos”, lamentou, aos prantos.

O parada de ônibus perto da casa de Claudineia foi exatamente onde os bandidos embarcaram no coletivo. Tem até um posto policial muito próximo, mas os moradores dizem que nem sempre PMs são vistos no local. Nesta terça, porém, eles estavam na unidade.

 

 

A feirante Ana Cristina Siqueira Campos, 42, é moradora do Pôr do Sol e conhecia Claudineia. “Uma pessoa íntegra e tranquila. Infelizmente, virou mais uma vítima da violência nas ruas. Nós sempre reivindicamos segurança. Estamos implorando e nada acontece”, suplicou. A vítima trabalhava há seis anos no Hospital Oftalmológico de Brasília e morava há 11 no Pôr do Sol. Deixa marido e um único filho, Wallison, 19.

Segundo balanço da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP), em fevereiro deste ano foram registradas 173 ocorrências de roubo em transporte coletivo, uma média de seis por dia. O número, entretanto, é menor do que o registrado no mesmo período do ano passado: 286.

 

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