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“Estamos sofrendo demais”, diz irmã de motorista que atropelou idosos

Luciana Pupe Vieira sobreviveu ao acidente ocorrido em 18 de janeiro, mas segue em estado gravíssimo na UTI de um hospital particular

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IGO ESTRELA/ESPECIAL PARA O METRÓPOLES
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1 de 1 Acidente-Lago-Norte31 - Foto: IGO ESTRELA/ESPECIAL PARA O METRÓPOLES

“A gente está sofrendo demais”. A frase dita por Ana Cristina Pupe, 57 anos, irmã da motorista que atropelou e matou Evaldo Augusto da Silva, 75 anos, e Dulcinéia Rosalino da Silva, 71, resume o sentimento das famílias envolvidas na tragédia. O Mitsubishi ASX dirigido por Luciana Pupe Vieira, 46, atingiu o casal a 140km/h, na noite de 18 de janeiro, na altura da QL 10 do Lago Norte.

Esta é a primeira vez que um familiar de Luciana fala com a imprensa sobre o acidente. Em estado gravíssimo na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Santa Lúcia, Luciana está lutando para sobreviver, ressalta a irmã. “Foi uma fatalidade o que aconteceu. Mas a gente está em paz e confiante. Temos muita fé em Deus”, desabafa. Dois dias após o atropelamento, um neto de Evaldo e Dulcinéia também pediu orações para ela

Na semana passada, médicos deram diagnóstico de isquemia cerebral e chegaram a iniciar o protocolo de confirmação da morte cerebral, mas o processo foi interrompido porque ela deu sinais de vida, contou Ana ao Metrópoles. Na quinta-feira (25/1), Luciana foi submetida a uma cirurgia de descompressão no tronco encefálico e, desde então, tem reagido de forma lenta, mas positiva, segundo a irmã.

Nessa segunda-feira (29/1), a paciente passou por uma traqueostomia. O procedimento permite que ela possa respirar por meio de um orifício aberto no pescoço. De acordo com Ana, a intervenção foi necessária porque ela está entubada há 11 dias e não poderia continuar respirando apenas com os aparelhos.

Também nesta segunda, o processo contra Luciana, que foi indiciada por homicídio doloso (quando se assume o risco de matar), foi enviado da 5ª Vara Criminal de Brasília para o Tribunal do Júri, sem data de julgamento.

Luciana pertence a uma grande família: ela tem seis irmãos, dois filhos e é casada. A incerteza do que irá acontecer traz uma angústia constante para todos, afirma a irmã. “Não dá para ter respostas a longo prazo. Os médicos não podem dizer como as coisas estarão amanhã“, lamenta. 

Confira imagens do acidente:

5 imagens
Após atingir o casal, o veículo ainda percorreu alguns metros até derrubar um poste
Luciana Pupe Vieira ficou presa às ferragens
Depois do acidente, parentes das vítimas, peritos e curiosos foram ao local
O acidente ocorreu na via principal do Lago Norte, sentido Plano Piloto/Clube do Congresso
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Luciana Pupe Vieira foi retirada do carro pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)

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Após atingir o casal, o veículo ainda percorreu alguns metros até derrubar um poste

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Luciana Pupe Vieira ficou presa às ferragens

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Depois do acidente, parentes das vítimas, peritos e curiosos foram ao local

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O acidente ocorreu na via principal do Lago Norte, sentido Plano Piloto/Clube do Congresso

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Laudo pericial
Na última sexta-feira (26), a Polícia Civil do DF divulgou o resultado do laudo pericial. Foi constatado que o carro estava a 140km/h no momento do impacto. Não foi possível, no entanto, afirmar as causas da perda da direção do automóvel.

Um vídeo mostra o veículo desgovernado e em altíssima velocidade pela via. Confira: 

De acordo com uma das linhas de apuração, a condutora, diabética, teria sofrido uma crise de hipoglicemia, desmaiado e perdido o controle do veículo. A irmã de Luciana confirma que ela sofria da doença, mas não havia “qualquer indicativo de que ela poderia passar mal, pois era muito monitorada e, inclusive, tinha chip de medição de glicose e uma bomba de infusão de insulina”. 

A gente se falou naquele dia, ao meio-dia: estava tudo bem, tudo tranquilo.

Ana Cristina Pupe, 57 anos, irmã da condutora do veículo que atropelou o casal em 18 de janeiro

Na coletiva de imprensa, a delegada-chefe da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), Mônica Ferreira, informou que Luciana teve um acidente vascular cerebral (AVC). Não se sabe, porém, se ocorreu antes, durante ou depois do acidente.

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