Esposa de vítima do acidente da L4 Sul faz desabafo em rede social
Fabrícia Oliveira perdeu o marido e a sogra no acidente com suspeita de racha da L4 Sul. E diz que vai lutar por justiça
atualizado
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Dois dias após o acidente na L4 Sul, a revisora Fabrícia Oliveira Gouveia usou as redes sociais para fazer um desabafo sobre a tragédia que tirou a vida de seu marido, Ricardo Cayres, 46 anos, e da mãe dele, Cleuza Cayres, 69, no último domingo (30/4).
“Não são advogado e bombeiro. Até os depoimentos de ontem (segunda-feira), eu achava que eram pessoas que cometeram um erro. Agora sei que são monstros. Eraldo e Noé, olhem-se no espelho e vejam a monstruosidade do que vive dentro de vocês. Nada nesse mundo vai trazer meu marido e minha sogra de volta, mas vou fazer o impossível para que vocês nunca mais machuquem ninguém. São três assassinatos na conta de vocês. Vocês me mataram também”, disse.
Nessa segunda-feira (1º), a revisora já havia usado seu perfil para confirmar o acidente a amigos e familiares, além de pedir justiça.
“Levei 38 anos da minha vida esperando o meu Ri. Ele foi preparado para mim. Vivi com ele uma breve história de 10 anos. Em questão de minutos, ele foi tirado de mim. Mas ele não era um qualquer. Ele e minha sogra não vão virar estatística. Vou fazer o que estiver ao meu alcance para que esses assassinos tenham a pena que merecem.”
No carro da família, um Fiesta vermelho, estavam o marido, a sogra, o sogro, Oswaldo Clemente Cayres, 72, e o cunhado Helberton Silva Quintão, 37. Eles voltavam de um churrasco em um condomínio no Jardim Botânico quando foram atingidos pelo automóvel do advogado Eraldo José Cavalcante Pereira. Com a colisão, o veículo com os familiares de Fabrícia bateu em uma árvore e capotou.
Eraldo é suspeito de disputar racha na via com o sargento do Corpo de Bombeiros Noé Albuquerque Oliveira. Ambos voltavam de uma festa às margens do Lago Paranoá. Eles negam participação no “pega” e dizem que não estavam embriagados.Em entrevista ao Metrópoles nesta terça-feira (2/5), uma testemunha-chave garante ter visto os veículos envolvidos na tragédia, conduzidos por Noé e Eraldo, em alta velocidade enquanto faziam manobras arriscadas. A 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) investiga o caso.