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EPTG: motoristas de carro de passeio preferem não usar faixa exclusiva

Para GDF, primeiras horas de mudança ocorreram dentro da “normalidade”. Passageiros também se adaptam às alterações nas linhas de ônibus

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
EPTG
1 de 1 EPTG - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

As primeiras horas de funcionamento da faixa reversa na Estrada Parque Taguatinga (EPTG) foram consideradas “de normalidade” pela Secretaria de Mobilidade do DF. Nesta segunda-feira (18/3), o fluxo das faixas exclusivas para ônibus foi invertido: os coletivos passaram a circular no sentido contrário da via. A alteração vale nos horários de pico de dias úteis, das 6h às 9h e das 17h30 às 19h45. Embora o tráfego da faixa exclusiva no sentido da via esteja liberado para os carros de passeio no horário de pico, poucos motoristas optaram por transitar nelas.

O Metrópoles acompanhou as primeiras horas da mudança. Os ônibus que seguiam sentido Brasília começaram a acessar a via, no sentido inverso, na altura do viaduto de Taguatinga Centro, pela EPTG. Eles retornam para o fluxo normal da via na altura da Octogonal.

Acompanharam a operação nesta segunda, o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Valter Casimiro; o diretor-geral do Transporte Urbano do DF (DFTrans), Josias Seabra; e o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), Fauzi Nacfur Junior.

“A nossa expectativa é a melhor possível. Estamos estimando que os ônibus que acessam essa via tenham uma redução em torno de 30 minutos no deslocamento que já faziam. Com isso, contribuímos também para que toda a população chegue mais cedo a seus destinos, seja em casa ou no trabalho”, disse o diretor do DFTrans, Josias Seabra.

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Questionado sobre o fato de os carros de passeio não usarem a faixa exclusiva nas primeiras horas, Seabra avaliou que muitos motoristas não sabem da novidade. “É natural que se tenha um receio nesse início, por não saber se a faixa exclusiva está realmente liberada ou não. Estamos alertando a população que a nossa intenção é ceder mais uma faixa nos horários de fluxo mais intenso”, destacou.

Passageiros em adaptação
O pedreiro Wesley Martins, 38 anos, mora em Brazlândia e trabalha em Águas Claras. Nesta manhã, desceu do ônibus no canteiro central. “Não estava sabendo dessa mudança. O percurso, que antes levava cerca de uma hora e 15 minutos para chegar, durou 40 minutos nesta segunda. Fiquei contente. Acho que vai melhorar para trabalhadores e também para os motoristas”, comentou.

Já a empregada doméstica Linete Teles, 60 anos, não aprovou a operação. “Moro em Samambaia e trabalho no Park Way. Antes, eu pegava dois ônibus. Um até o centro de Taguatinga e outro até o meu destino. Precisei descer em Águas Claras porque a minha linha usual não vai mais até lá. Até eu me adaptar, vai levar tempo. Já estou há 14 anos nesse serviço”, reclamou.

A estudante Júlia Macedo, 21 anos, faz faculdade em Águas Claras e disse que as alterações vão melhorar a vida dos usuários: “Moro em Ceilândia e perdi a conta de quantas vezes cheguei atrasada para as aulas. Percebi que o tempo da viagem nesta segunda diminuiu cerca de 25 minutos. O trânsito estava mais livre. Às vezes, pegamos muito engarrafamento”.

Melhora no fluxo
O secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, avaliou que as primeiras horas da operação transcorreram com normalidade. “Os ônibus estão seguindo na faixa invertida com muita tranquilidade. Na faixa normal, os agentes do DER também já constataram melhora no fluxo de carros. Estamos orientando a população e esperamos melhorar a operação. Depois do horário de fluxo intenso, o funcionamento da EPTG ocorre como era antes”, explicou.

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Ônibus acessam faixa reversa na contramão do fluxo

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Durante o período de inversão provisória, que deve durar um ano, os 12,6 km de faixas exclusivas foram sinalizados com cones. Toda a extensão será monitorada de perto durante a operação pelos agentes do DER-DF e contará com o apoio do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) e do Departamento de Trânsito do DF (Detran).

Dois guinchos ficarão posicionados nas extremidades da rodovia durante os horários de pico para atender eventuais emergências envolvendo os ônibus, para que sejam removidos rapidamente. Por medida de segurança, a velocidade na faixa reversa será de 60 km/h.

Atenção: tudo volta ao normal fora dos horários de pico
Fora dos horários invertidos, as regras para o trânsito voltarão ao modelo atual, com as faixas exclusivas para transportes escolares, táxis, ambulâncias, veículos policiais e coletivos semiexpressos.

Reprodução/GDF

 

Cuidado na hora do embarque: use a passarela
Nos horários em que os ônibus passarão pela faixa invertida, os passageiros deverão ficar atentos, pois o embarque e o desembarque serão no canteiro central da EPTG, do lado da faixa reversa.

“Basicamente, próximo de todas as paradas de ônibus, nós temos uma passarela. Então, pedimos para que a população utilize essa passarela, para que não tenha qualquer tipo de acidente ou coisa do tipo”, aconselhou o diretor-geral do DFTrans, coronel Josias Seabra.

Veja as linhas que passam pelas faixas reversas

Tabela de Linhas EPTG – Pas… by on Scribd

 

Veja as linhas que não passam pelas faixas reversas:

Tabela de Linhas EPTG – Não… by on Scribd

 

Aquisição de ônibus com portas no lado esquerdo
Segundo o secretário Valter Casemiro, o governo vai cobrar das empresas do sistema de transporte público a aquisição de 309 ônibus com portas no lado esquerdo até 18 de março de 2020.

O GDF afirma que não haverá custo para os cofres públicos, porque a compra de veículos está prevista no contrato feito com as companhias. Serão 56 coletivos da Marechal, 42, da Urbi e 211, da São José. Após a entrega, a inversão será suspensa.

BRT não está previsto
O GDF notificou as empresas para a aquisição dos coletivos com portas invertidas. Sem informar valores, Casimiro argumentou que o custo de operação do modelo invertido será mínimo. Caso as compras não sejam realizadas, o Executivo poderá aplicar penalidades contratuais.

No entanto, esses novos ônibus ainda não serão utilizados para a instalação do BRT – que ligará Sol Nascente, Ceilândia e Plano Piloto. Segundo o secretário, ainda precisam ser realizadas obras para a implantação do sistema.

“A faixa exclusiva de ônibus da EPTG foi construída em 2010. Desde então, nunca foi utilizada da forma correta, porque as empresas contratadas para operar o sistema de transporte coletivo não tinham feito a aquisição dos ônibus com porta também do lado esquerdo”, destacou Valter Casimiro.

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