Dor e emoção no velório de servidora morta em acidente na Ponte JK
O corpo de Cecília Cravo Monteiro foi velado no Cemitério Campo da Esperança neste sábado (14/11). Ela foi atingida por estruturas metálicas de um reboque que se soltou
atualizado
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Emoção e dor marcaram o velório de Cecília Cravo Monteiro, 35 anos. Amigos e familiares compareceram à cerimônia de adeus, na noite deste sábado (14/11), no Cemitério Campo da Esperança. Cecília morreu na sexta (13), depois de ser atingida por um reboque que se soltou de um carro na Ponte JK.
O reboque carregava estruturas metálicas e atingiu o carro que ela dirigia na pista contrária depois que se soltou. As barras invadiram o veículo da assessora parlamentar do Senado, que morreu na hora. Amigos se abraçavam e choravam. Cecília era muito querida e deixou dois filhos. O marido chegou a passar mal quando viu o acidente.
A dona de casa Adriana Araújo, 40 anos, faz parte de três grupos na Internet em que Cecília participava. Entre eles, o Mães Amigas de Águas Claras e o grupo chamado de Solidariedade. “Ela era muito atuante. Sempre acompanhava as campanhas de arrecadação que a Cecília fazia”, conta ela, que fez questão de se despedir da servidora pública.
“Está todo mundo muito abalado. Quando vi o post na internet, pensei que era ela postando. Mas quando percebi do que se tratava, não consegui terminar de ler”, lamenta.
Cecília era mãe de um menino de 10 anos e de uma menina de um ano e 11 meses. A pequena fará 2 anos em 28 de novembro e ainda mamava no peito. A assessora parlamentar morava no Lago Sul com os filhos e o marido. Ela participava de uma comissão para fazer ações solidárias.
“Era uma pessoa com o coração enorme, de ouro. Conversávamos todos os dias para organizar ações. A última foi para arrecadar brinquedos para uma creche em Ceilândia”, disse uma amiga que preferiu não se identificar.
Uma prima de Cecília postou nas redes sociais que o corpo da motorista será cremado em uma cerimônia íntima, apenas com a presença da família.
O veículo responsável pelo acidente estava com a documentação em dia, mas os papéis do reboque estavam vencidos. O motorista foi encaminhado para a 10ª DP (Lago Sul), onde fez o teste do bafômetro, mas não foi constatada ingestão de bebidas alcoólicas. A polícia investiga o caso.