metropoles.com

Detran e DER “infestam” ruas do DF com mais pardais e barreiras

Serão 90 novos radares e barreiras eletrônicas em 2018. Ao fim das instalações, haverá 1.087 aparelhos para fiscalizar os motoristas no DF

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Além dos buracos provocados pelas chuvas e do trânsito pesado devido a obras no Eixão Sul e na EPGU, os motoristas brasilienses têm convivido com outra novidade nas últimas semanas: a multiplicação do número de pardais que vêm sendo instalados nas mais diversas vias do Distrito Federal.

Serão 90 novos radares e barreiras eletrônicas em 2018. Desses, 88 são do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF), e somente dois pertencem ao Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF). A quantidade é equivalente a quase dois aparelhos instalados por semana, durante todo o ano, e mais de sete por mês.

A intensa atividade dos servidores desses órgãos motivou críticas até de quem já fez parte do GDF. No Carnaval, o coronel Rogério Leão, ex-chefe da Casa Militar na gestão Agnelo Queiroz (PT), publicou vídeo nas redes sociais para criticar a instalação dos pardais.

Com o acréscimo desses aparelhos, o DER vai dispor de 628 equipamentos para fiscalizar os condutores na capital. Atualmente, conta com 540. Eles estão sendo substituídos aos poucos, após o vencimento do contrato e a troca da empresa que presta o serviço. Por todo o DF, há novos cortes nas pistas e postes de pardais sendo colocados.

Já o Detran informou possuir, hoje, 459 equipamentos eletrônicos (208 pardais, 135 de avanços de sinal e 116 barreiras eletrônicas). Somados os aparatos, Detran e DER terão, até o fim de 2018, 1.087 aparelhos para fiscalizar os motoristas. Hoje, o total é de 999.

Segundo o DER, a alteração é necessária porque não é possível ligar os novos radares à fiação antiga. A mudança, no entanto, tem confundido alguns condutores, que não sabem exatamente onde os pardais irão medir a velocidade dos carros.

Esses aparelhos, mais modernos, fazem a fiscalização da velocidade, de avanço semafórico, parada sobre a faixa de pedestres, trânsito nas faixas exclusivas e contagem de tráfego. Alguns possibilitam o cálculo indicativo em tempo real do melhor trajeto entre dois pontos.

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Fiscalização eletrônica no Eixo Monumental

 

Velocidade média aferida, mas sem multa
Outra novidade no monitoramento são radares que medem a velocidade média dos veículos ao longo das vias, não somente em trechos nos quais os carros passam pelos aparelhos. Ou seja, se em uma pista de 80km/h o condutor andar a 90km/h e frear sempre quando avistar um radar, a fiscalização saberá que ele não respeitou o limite. Isso ocorre porque a tecnologia dos novos equipamentos calcula o tempo que o automóvel levaria de um ponto ao outro se trafegasse na velocidade permitida.

A medida, no entanto, não pode resultar em multas para os apressadinhos. Isso porque, como não há resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) sobre o tema, os motoristas não podem ser penalizados.

Alguns estados que já adotam a tecnologia, como São Paulo, têm notificado os motoristas, com a intenção de educá-los e orientá-los a seguir as normas de trânsito. Consultado sobre o assunto, o DER-DF não respondeu se pretende advertir os motoristas no Distrito Federal.

Detran-DF
Diferentemente do DER, o Detran não fez grandes mudanças na fiscalização. Foram duas instalações, uma no Guará I, de avanço de sinal, e outra próxima ao Setor Noroeste, de fiscalização eletrônica.

No Guará I, o Detran acrescentou um equipamento de avanço de sinal na QE 20, próximo da Escola Classe 5, local onde uma ciclista morreu atropelada por um ônibus em 2017. O departamento de Engenharia do órgão decidiu manter a velocidade de 60km/h. A outra intervenção foi feita no Noroeste, no Setor Terminal Norte, a 250 metros da Epia, sentido W3 Norte. A via teve a velocidade reduzida, de 70km/h para 60km/h.

Em dezembro passado, duas barreiras eletrônicas foram colocadas na Quadra 24 do Gama Oeste, onde duas mulheres e um bebê morreram atropelados por um menor que dirigia o veículo do pai. A via é de 60km/h, e a barreira permite velocidade máxima de 50km/h.

Felipe Menezes/Metrópole
Barreiras eletrônicas também estão sendo instaladas no DF

Cofres cheios
O reforço na vigilância das ruas tende a aumentar também a arrecadação. A julgar pelos cofres, os órgãos têm se mostrado eficientes máquinas de receita. Com multas de trânsito em 2017, o DER embolsou R$ 102,6 milhões. O Detran, por sua vez, atingiu inéditos R$ 474 milhões na conta total, sendo R$ 130,9 milhões oriundos de infrações de trânsito e R$ 343,3 milhões com serviços.

Segundo o DER, 55,36% desse valor (R$ 44,25 milhões) foram gastos com fiscalização e policiamento. Outros 28,06%, com engenharia e tráfego de campo, somando R$ 22,42 milhões. Com educação de trânsito, houve o empenho de apenas 9,3% do valor total: R$ 7,4 milhões e outros R$ 5,8 milhões em sinalização, que correspondem a 7,2% do total.

As multas impostas pelo DER por excesso de velocidade variam entre R$ 130,16 e R$ 880,41. Já as penalidades aplicadas pelo Detran começam a partir de R$ 88,38 e podem custar até R$ 293,47 aos condutores.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?