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Detran-DF não registra mortes em faixas de pedestre em 2016

Dados se referem aos dois primeiros meses do ano. Em 2015, foram dois óbitos entre janeiro e fevereiro. Faixa comemora 19 anos nesta sexta-feira (1º/4)

atualizado

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Pessoas atravessam na faixa de pedestre
1 de 1 Pessoas atravessam na faixa de pedestre - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

No ano em que a implementação do respeito à faixa de pedestre completa 19 anos, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) registrou 13 mortes de transeuntes no trânsito da capital, mas nenhuma nas 5,6 mil faixas administradas pelo órgão. Os dados são referentes aos dois primeiros meses de 2016.

O índice apresenta melhora em relação a 2015, quando duas pessoas perderam a vida em passagens entre janeiro e fevereiro. Comparando as ocorrências que acabaram em óbito de pedestres em geral, a taxa caiu pela metade entre o ano passado e 2016 – foram 26 e 13 mortes confirmadas, respectivamente.

Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF), a exigência do respeito à faixa diminuiu em 56% as ocorrências de morte no trânsito na capital na época em que foi implementada. Em 1997, o DF registrou 202 óbitos de pedestres – índice que caiu para 153 no ano seguinte e fechou 2015 em 114.

Grande razão pela queda nos índices foi o lançamento do programa “Paz no Trânsito”, em 1997, que contou com a participação do DER-DF, do Detran-DF, do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran), do Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRv) – antiga Companhia de Policiamento Rodoviário (CPRv) –, da Secretaria de Mobilidade – antiga Secretaria de Transporte – e da Secretaria de Segurança Pública.

A campanha nasceu de uma demanda da sociedade, que exigia a redução no número de acidentes com mortes no DF. O governo fez várias ações e a faixa de pedestre foi um coroamento disso tudo. Ela ficou como marca do programa.

Henrique Luduvice, atual diretor-geral do DER-DF e chefe do órgão à época do lançamento do projeto

Entre as ações, foram executadas a duplicação e pavimentação de rodovias, a construção de passarelas e a implementação de novas placas – refletivas – de sinalização, conta Luduvice. Apesar da significativa mudança, ele acredita que os números ainda podem ser melhores. “A nossa utopia a ser perseguida é alcançar o número de acidentes com morte igual a zero no DF. Mas, para alcançar este objetivo, é preciso haver um pacto de respeito absoluto à legislação entre a sociedade e o Estado”, conclui o diretor-geral do DER.

Atropelamentos recentes
Em janeiro, um idoso de 65 anos morreu ao ser atingido por um carro na DF-150, próximo ao mercado Ultrabox, em Sobradinho II. Ele não utilizava a faixa de pedestre. A vítima chegou a ser atendido pelo Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu.

Em março, pelo menos três pessoas perderam a vida enquanto atravessavam vias do DF. Apenas no dia 18, foram duas vítimas. Na via Estrutural, um homem de aproximadamente 30 anos foi atropelado ao tentar atravessar a pista Norte. Já na BR-040, sentido Valparaíso (GO)/Plano Piloto, a vítima foi um militar da Marinha. No dia 21, um jovem de 23 anos veio a óbito após ser atingido por um veículo na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), em frente à Água Mineral.

Faixas elastoplásticas
O Núcleo de Sinalização Estatigráfica (Nuest) do Detran-DF adquirir recentemente faixas de pedestre com laminado elastoplástico, que tem melhor visibilidade no escuro e na chuva. O órgão comprou 7 mil metros do material para substituir a sinalização de pintura no asfalto, uma vez que ele tem durabilidade 12 vezes maior que a tinta convencional. Porém, algumas faixas instaladas, com uma na W5 Norte, apresentaram deterioração antes do prazo previsto.

O material, que deveria durar três anos, custou R$ 835 mil aos cofres públicos. O órgão acionou a empresa fornecedora do material, que questionou a qualidade do asfalto e enviou uma equipe técnica ao DF para analisar a situação. Em nota, o Detran-DF informou ao Metrópoles que o asfalto onde são instaladas as faixas não deve ter ondulações, remendos, rachaduras ou rugas. “Também não é indicada a instalação em locais de tráfego de veículos pesados e em curvas”, acrescentou.

De acordo com o órgão, as faixas que apresentaram problemas não serão substituídas pelo mesmo material, uma vez que o asfalto deve passar por melhorias para que ele seja fixado corretamente. Elas voltarão a ser sinalizadas com tinta até que as vias indicadas sejam recapeadas.

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