Detran-DF começa a testar drogômetro em blitz da Lei Seca
Aparelho não pode ser utilizado para a autuação do condutor, pois ainda não é regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
atualizado
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O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) realizará testes com um aparelho drogômetro capaz de identificar a presença de substâncias psicoativas no organismo de condutores. O equipamento, por meio da análise do suor, consegue identificar 15 tipos de drogas, dentre elas crack, cocaína e ecstasy. O teste é realizado a partir do recolhimento da digital do motorista.
Estudo do Detran-DF aponta que, das 280 pessoas que morreram no trânsito do DF em 2018, 133 haviam consumido álcool ou droga (48%). O levantamento analisou apenas os exames realizados em vítimas fatais e não definiu a responsabilidade pelo acidente, mas indicou que o uso de substâncias psicoativas é fator de risco para a ocorrência de acidentes com morte.
Segundo o estudo realizado pela Gerência de Estatísticas do Detran-DF, com base nos dados do Instituto Médico Legal (IML), 49 vítimas fatais haviam consumido somente álcool, 49 utilizaram drogas e 35 apresentaram resultado positivo para ambas as substâncias. Em 2017, foram registradas 254 vítimas fatais, entre elas, 113 (44%) apresentaram resultado toxicológico positivo.
A Diretoria de Fiscalização do Detran-DF utilizará o drogômetro em duas operações voltadas a coibir a direção de veículo após o consumo de bebida alcoólica e outras substâncias psicoativas. No caso de substâncias ilícitas, o objetivo do Detran-DF é identificar, em caráter educativo, motoristas que fizeram o consumo de drogas.
Diferentemente do etilômetro, o drogômetro não pode ser utilizado para a autuação do condutor, pois ainda não é regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Durante as operações, os agentes de trânsito utilizarão três equipamentos que foram emprestados pelo fabricante. (Com informações do Detran-DF)