Defesa de acusado de matar ciclista atropelado no DF diz que caso foi “fato isolado”
Segundo advogados de Marcelo Damasceno Barroso, 35 anos, o suspeito está à disposição da Justiça
atualizado
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A defesa do suspeito de atropelar e matar o ciclista Ricardo Campelo Aragão (foto em destaque), 58 anos, manifestou-se nesta quarta-feira (21/10) sobre o andamento das investigações. Segundo os advogados de Marcelo Damasceno Barroso, 35 anos, o acidente foi “um fato isolado em sua vida”. Conforme as investigações, o motorista dirigia em alta velocidade e deixou o local sem prestar socorro às vítimas. Além de Aragão, uma mulher que o acompanhava no passeio de bicicleta foi atingida pelo carro conduzido por Barroso e sobreviveu.
Conforme diz a nota assinada pelos representantes de Marcelo Barroso e divulgada na noite desta quarta, o acusado “se encontra profundamente abalado emocionalmente por conta de todo o ocorrido” e “se solidariza com a família pela inestimável perda”.
O texto ainda diz que o motorista do Yaris compareceu espontaneamente à 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), versão que difere àquela contada pelos prórpios investigadores. “Oportunidade em que apresentou, também de forma voluntária, o veículo (objeto fundamental ao esclarecimento dos fatos), intacto para ser submetido a perícia”, dizem os advogados.
Confira a nota completa:
Nota de esclarecimento Marcelo by Metropoles on Scribd
A identificação do condutor do veículo que atingiu os ciclistas trouxe novamente tristeza e indignação à família de Ricardo Aragão. O acidente aconteceu em 10 de outubro, na 703 Norte.
“Ontem, ficou todo mundo muito abalado e muito indignado também”, comenta a irmã de Ricardo, Ysmine Aragão, 54. Segundo ela, os parentes não receberam detalhes do depoimento do motorista. Sabem apenas que o suspeito ficou calado e que os advogados prestaram esclarecimentos.
“O que mais incomoda, no entanto, é saber que o responsável pelo atropelamento responderá em liberdade, uma vez que se apresentou à delegacia. É uma sensação de impunidade saber que ele saiu de lá (delegacia) e foi embora”, lamenta Ysmine.
Identificação foi por meio de peça solta
Segundo o delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), João Guilherme, os investigadores descobriram o endereço do acusado por meio de uma tampa que se soltou do carro na hora da colisão. Trata-se de um veículo modelo Yaris. Os policiais foram até a casa do suspeito, mas ele não estava.
Depois, na presença do advogado, o condutor se apresentou na unidade policial. “As investigações continuam para clarear as circunstâncias do acidente, mas ele foi indiciado pelos crimes de homicído, lesão corporal, omissão de socorro e evasão do local de acidente”, explicou o delegado.
Marcelo Damasceno Barroso responderá, por enquanto, em liberdade.
Veja as declarações do delegado João Guilherme sobre o caso:
Ricardo foi sepultado no último dia 12, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, sob protestos.