Brasiliense terá de pagar R$ 31 por biometria na CNH, segundo Detran
Implementação da metodologia começa em agosto. Veículos também terão de ser fotografados a partir de 2019
atualizado
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O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) começa a implementar um novo sistema de atendimento ao cidadão. O processo consiste na identificação do usuário por meio de foto instantânea, coleta de assinatura virtual e da biometria ao comparecer a algum posto do órgão. A medida, que entra em vigor a partir de agosto, representa custo extra de R$ 31 para quem for tirar Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Segundo o Detran, o contrato com uma empresa terceirizada, a Valid, terá custo aproximado de R$ 16 milhões caso toda a demanda estimada se concretize. De acordo com o órgão, o sistema foi planejado por servidores, porém os serviços de coleta de imagens, fornecimento de equipamentos e de pessoal para o primeiro atendimento ao cliente são feitos pela companhia contratada.
“O contrato não tem um valor fixo e depende da capacidade de atendimento da empresa e da demanda. Cada atendimento custa aproximadamente R$ 17”, explicou. Na avaliação do departamento, o custo-benefício do sistema é positivo para os motoristas, uma vez que substitui fotos e cópias de documentos atualmente obrigatórios.“Trata-se de uma única despesa. Daí em diante, o condutor poderá gerir seu processo, alterar endereço e fazer outros procedimentos pela internet”, completa.
Como vai funcionar
Com as mudanças, a partir de 4 de agosto, o cidadão que desejar tirar sua primeira CNH deverá agendar a identificação por meio do aplicativo Detran/DF Biometria, o qual estará disponível nas lojas Play Store e Apple Store em 20 de julho. Depois, é só ir ao local agendado para coleta da fotografia, assinatura e dados biométricos, além de cadastrar o celular para acompanhar o processo.
A novidade está sendo implementada gradativamente no órgão e começou pela identificação dos servidores do Detran, instrutores, médicos, psicólogos, examinadores e demais colaboradores.
O novo sistema moderniza a forma de atendimento ao gerar um processo digital, permitindo a disponibilização de serviços via internet e garantindo a identificação do cidadão, por meio da biometria, nas várias etapas. Isso eliminará todas as possibilidades de fraudes.
A previsão é de que, a partir de fevereiro de 2019, todos os procedimentos de habilitação, inclusive renovação da CNH, iniciem-se com a nova metodologia e, consequentemente, todos os processos sejam digitais. Porém, a identificação do usuário será realizada somente quando ele for a uma unidade do Detran para solicitar algum tipo de serviço.
Assim, estima-se que a identificação de todos os condutores do DF seja concluída ao final de cinco anos, quando os últimos habilitados antigo devem renovar a CNH.
Questionado sobre o investimento necessário para a implementação do sistema e se essa modernização vai encarecer os serviços prestados pelo órgão, o Detran-DF não se manifestou até a publicação desta reportagem.
Veículos
Os processos de veículos começarão por aqueles com maior risco de fraude. Portanto, a partir de fevereiro de 2019, o proprietário de automóvel apreendido terá que realizar identificação biométrica e coleta de fotografia para a liberação do bem. Isso evitará que automóveis sob a guarda do Detran sejam retirados por estelionatários.
De acordo com o Detran, o novo sistema, além de gerar segurança nos processos abertos, permitirá ao cidadão realizar muitos serviços sem precisar sair de casa. Por meio do Portal de Serviço, os usuários poderão marcar os próprios exames, imprimir autorizações e receber resultados de provas por meio virtual.
Também será possível acompanhar pela internet alterações no status dos processos. Espera-se reduzir em até 80% o atendimento físico nas unidades do Departamento de Trânsito do Distrito Federal. (Com informações do Detran-DF)