A cada dia, 14 motos são apreendidas e 300 condutores autuados no DF
Principais infrações são referentes a negligência com equipamentos de segurança, falta de documentação obrigatória e postura agressiva dos motoristas. Até meados de dezembro, foram 105.125 multas e 5.158 apreensões
atualizado
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Negligência com equipamentos de segurança, ausência de documentação de porte obrigatório e postura agressiva dos condutores. Essas são as principais infrações dos motociclistas flagradas por agentes do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF). A cada dia, 14 veículos do tipo são apreendidos e 300 condutores ou proprietários autuados.
“Muitos deles pilotam sem a habilitação para a categoria A, adequada à condução de motocicletas. Outros simplesmente dirigem sem possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH). De cada 10 condutores abordados, quatro não são habilitados”, explica Silvain Fonseca, diretor de Policiamento e Fiscalização do Detran.
Somente neste ano, o Detran, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e o Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf) contabilizaram 105.125 proprietários e condutores de motocicleta autuados no DF. No mesmo período, 5.158 veículos do tipo foram apreendidos e levado ao depósito do Detran. O número é 12,8% maior que o registrado no ano passado, quando 4.573 motos foram recolhidas.
Segundo dados obtidos pelo Metrópoles, em 2014 foram autuados 585 condutores a mais – ou seja, o índice teve queda de 4,15%.
De um total de 1.618.497 veículos registrados no DF até novembro, o Detran informa que 184.791 eram motocicletas, ou seja, 11,4% da frota. O número indica que 2,8% dos veículos do tipo foram apreendidos somente este ano.
Fonseca explica que o departamento tem intensificado as operações com o objetivo de diminuir o número de acidentes que envolvem o veículo. Em 2015, foram 52 acidentes com morte envolvendo motos. O número é 54% menor que o registrado até outubro de 2014, quando foram contabilizadas 114 ocorrências.
As fiscalizações abrangem tanto os condutores que fazem uso particular da moto como os que a utilizam em serviço, a exemplo de moto-taxistas. Ela é um veículo muito vulnerável e se torna ainda mais por conta da conduta dos motoristas
Silvain Fonseca, diretor de Policiamento e Fiscalização do Detran
Usuários comuns
O Sindicato dos Motociclistas Autônomos do DF (Sindimoto-DF) concorda com a informação de que o número de acidentes envolvendo motos é elevado, mas ressalta que a alta envolve somente os usuários comuns. “Eles não estão preparados. Qualquer um pode pegar uma moto e sair na rua”, afirma Luiz Carlos Garcia Galvão, presidente do Sindimoto-DF.
“Os motoboys, por exemplo, estão todos os dias no trânsito e devem seguir resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), além de legislações específicas. Então, eles tendem a se envolver muito menos em acidentes e a estar com os equipamentos de segurança e habilitação sempre em dia”, defende.