Traficantes que faziam delivery de drogas sintéticas são alvos da PCDF
São cumpridos mandados em Águas Claras, Guará, Ceilândia, Samambaia, Santa Maria, Taguatinga, Vicente Pires, Jardim Botânico e no Entorno
atualizado
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Pelo menos 160 policiais civis do Distrito Federal estão nas ruas, na manhã desta quinta-feira (1º/7), em uma operação contra o tráfico de drogas sintéticas no DF e Entorno. Os investigados faziam uma espécie de delivery de entorpecentes, além de traficar em bares e festas. O grupo chegou a movimentar R$ 5 milhões em apenas três meses.
A ação, batizada de Operação Baco, é coordenada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor).
São cumpridos 23 mandados de busca e apreensão nas regiões de Águas Claras, Guará, Ceilândia, Samambaia, Santa Maria, Taguatinga, Vicente Pires, Jardim Botânico e em Goiás, nos municípios de Luziânia e Águas Lindas.
Durante as buscas, foram localizadas drogas como ectsasy e haxixe, resultando na prisão em flagrante de seis suspeitos. Na residência de um dos alvos, localizada no Jardim Botânico, os investigadores também localizaram uma estufa de maconha.
Investigação
A operação consiste terceira fase de uma grande investigação que vem sendo realizada pela Draco desde 2019 com o objetivo de conter o avanço da distribuição de drogas sintéticas, sobretudo em bares e festas da capital.
A primeira fase, realizada em maio de 2019, denominada “Tridente”, buscou identificar e prender os traficantes responsáveis por realizar o contato com os produtores das drogas, residentes no Estado de Santa Catarina, e o posterior transporte ao Distrito Federal.
À época, foram cumpridos 22 mandados de prisão e 28 mandados de busca nos estados de Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal e feita a apreensão de mais de 8 mil comprimidos de ecstasy.
A segunda fase, deflagrada em fevereiro de 2020, intitulada “Poseidon“, voltou-se à prisão dos tais fabricantes das drogas, com o cumprimento de mais 12 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão novamente em Goiás, Distrito Federal e Santa Catarina, sendo que o líder do grupo havia sido preso apenas um mês antes transportando 210 kg de cocaína.
Agora, a terceira fase mira nos traficantes responsáveis pela comercialização das drogas em bares e festas, bem como pelo serviço de entrega em domicílio oferecido pelo grupo, que irá responder pelos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa, podendo ser condenado a penas que somam mais de 30 anos de reclusão.
A operação teve apoio dos Departamentos de Polícia Especializada (DPE) e Circunscricional (DPC) e do Departamento de Atividades Especiais (Depate), contou com a participação de um total de 160 servidores da PCDF, entre delegados, escrivães e agentes de polícia