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Traficantes presos no DF eram ligados à facção Família do Norte

Megaoperação desarticulou quadrilha que atuava em quatro frentes, entre elas, no tráfico de armas e drogas na região de Sobradinho

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André Borges/Especial para o Metrópoles
policiais civis
1 de 1 policiais civis - Foto: André Borges/Especial para o Metrópoles

Cerca de 260 policiais civis do Distrito Federal foram às ruas na manhã desta terça-feira (18/06/2019) para desarticular uma organização acusada de tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, furtos de celulares em grandes eventos e roubos. A operação, batizada de Gomorra, foi coordenada pela 13ª DP (Sobradinho). O grupo, segundo os investigadores, funcionava no Distrito Federal como um braço da Família do Norte (FDN), uma das maiores facções criminosas do país.

Os policiais cumpriram 31 mandados de prisão e 36 de busca e apreensão, sendo 15 em Sobradinho I, sete em Sobradinho II, e o restante nas seguintes regiões: Paranoá, São Sebastião, Planaltina e Planaltina de Goiás. Além de duas conduções coercitivas. De acordo com o delegado-chefe da 13ª DP, Hudson Maldonado, as investigações apontaram que a organização criminosa era extremamente violenta. “Ao longo das apurações flagramos o acordo firmado entre integrantes da quadrilha para matar desafetos. Além disso, confirmamos a vinda de faccionados da FDN para o DF  afim de criar uma célula criminosa”, disse.

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A corporação mobilizou cerca de 260 policiais e conta com auxílio de helicóptero e cães farejadores
São cumpridos 66 mandados judiciais
Armas apreendidas durante a operação
A operação conta, ainda, com o apoio das Divisões de Operações Especiais e Aéreas (DOE e DOA)
Apreensões durante as buscas
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Ação visa desarticular uma organização criminosa acusada de crimes como tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, furtos de celulares em grandes eventos e roubos

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A corporação mobilizou cerca de 260 policiais e conta com auxílio de helicóptero e cães farejadores

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São cumpridos 66 mandados judiciais

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Armas apreendidas durante a operação

Divulgação/PCDF
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A operação conta, ainda, com o apoio das Divisões de Operações Especiais e Aéreas (DOE e DOA)

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Apreensões durante as buscas

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Policiais durante a ação

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Helicóptero da PCDF

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Um dos presos durante a operação

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Cães farejadores participaram

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A ação, batizada de Operação Gomorra, é coordenada pela 13ª DP (Sobradinho)

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São cumpridos 30 mandados de prisão e 36 de busca e apreensão

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Quinze buscas ocorrem em Sobradinho I, sete em Sobradinho II, e o restante nas seguintes regiões: Paranoá, São Sebastião, Planaltina e Planaltina de Goiás

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Também há duas conduções coercitivas

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A operação contou, ainda, com o apoio das divisões de Operações Especiais e Aéreas (DOE e DOA). Segundo o delegado-chefe da 13ª DP, Hudson Maldonado, a ação se baseia em aproximadamente oito meses de investigação, que contou com diligências diversas e interceptações telefônicas. A ação resultou na apreensão de sete armas de fogo; nove aparelhos celulares; um notebook; uma balança de precisão; porções de maconha e cocaína e comprimidos de rophynol.

A Família do Norte  comanda o crime organizado de dentro de boa parte dos presídios nordestinos. Criada em 2007 no Amazonas, liderou recentes massacres no Complexo Penitenciário de Manaus, Amazonas. No DF, o grupo tinha como alvo fomentar a prática de uma série de crimes, ganhar fama e, ao mesmo tempo, levantar dinheiro para a compra de drogas e armas.

Os policiais identificaram quatro núcleos distintos dentro do grupo criminoso. Um deles comandava o tráfico de drogas, aluguel e venda de armas de fogo. Os suspeitos negociavam maconha e cocaína, principalmente na Vila Dnocs, em Sobradinho. A mesma atividade envolvia a comercialização e locação de armas de fogo usadas na prática de diversos crimes.

O segundo núcleo atuava no furto de celulares em grandes eventos. A quadrilha recrutava mulheres – jovens e bonitas – para se organizarem em grupos e, assim, furtar o maior número possível de aparelhos durante festas.

Em seguida, os bandidos revendiam os celulares no mercado paralelo ou abriam os aparelhos e comercializavam as peças para receptadores. Parte deles também era trocada por drogas.

Já o terceiro focava em roubos e furtos em geral, especialmente de veículos, residências e comércios. No quarto núcleo, estavam pessoas ligadas diretamente ao líder da organização criminosa, identificado como Alessandro Melgaço. Elas tinham como função dar apoio logístico aos bandidos e, ao mesmo tempo, alimentar o banco com informações privilegiadas.

Durante os oito meses de investigação, os policiais identificaram uma funcionária terceirizada que trabalhava dentro de uma delegacia do Distrito Federal e repassava informações sobre diligências da PCDF para o chefe do grupo criminoso. A mulher presa na operação é prima de Melgaço.

 

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