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Traficantes de drogas sintéticas do DF movimentaram R$ 5 milhões

Operação do ano passado apreendeu cerca de 8 mil comprimidos de ecstasy, enquanto a deste ano era focada na parte financeira do grupo

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1 de 1 Droga-sintetica-6 - Foto: PCDF/Divulgação

Alvo da operação Poseidon, deflagrada pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor) da Polícia Civil  do Distrito Federal (PCDF) na manhã dessa terça-feira (11/02/2020), o grupo que atuava no tráfico interestadual de drogas sintéticas movimentou cerca de R$ 5 milhões nos últimos três meses. Os bandidos já estiveram sob a mira dos investigadores.

Segundo o delegado da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Leonardo de Castro, os suspeitos foram investigados pela Operação Tridente, em maio do ano passado.

“O grupo era o mesmo da operação passada. Depois dessa ação, os criminosos ficaram um pouco quietos, talvez com medo, mas, meses depois, voltaram a atuar. A Poseidon foi focada na parte financeira”, explicou o delegado. Algumas drogas apreendidas pela polícia estavam dentro de tênis dos envolvidos.

Confira fotos da operação:

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Ainda segundo o policial, os criminosos são pessoas de classe média. Fora do DF, porém, os envolvidos demonstravam um estilo de vida com ostentação.

“Os traficantes de Santa Catarina levavam vida luxuosa. Lá, identificamos um apartamento no valor de R$ 1 milhão, além de outros quatro imóveis que estavam em construção. Todas esses bens foram comprados e pagos com dinheiro do tráfico. Os traficantes do DF não levavam vida luxosa”, contou Castro.

As investigações tiveram início há sete meses, após a deflagração da Operação Tridente. À época, foi realizada a maior apreensão de ecstasy já realizada pela PCDF, com mais de 8 mil comprimidos encontrados.

Modus operandi

A forma de atuação dos suspeitos era diferente em relação ao que foi identificado na Operação Tridente. Em 2019, os investigadores descobriram que a droga saía de Santa Catarina, passava por Belo Horizonte e chegava a Brasília.

O modus operandi mudou e passou a ser realizado diretamente de Santa Catarina até Brasília, por meio de “mulas”. Durante a ação policial, três “laranjas” for presos. Outros suspeitos estão sendo investigados.

Nas anotações de contabilidade encontradas pelos policiais, foi possível constatar que, nos últimos três meses, o grupo movimentou cerca de R$ 5 milhões com o tráfico.

Em janeiro deste ano, o líder do grupo, morador de Santa Catarina, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no estado, transportando cerca de 210 kg de cocaína, o que geraria cerca de R$ 2 milhões em vendas.

A produção das drogas era realizada em um laboratório no interior catarinense. Os traficantes recebiam as drogas no DF e revendiam em Santa Maria, Guará, Gama e cidades do Entorno Sul de Goiás.

Veja vídeos da operação:

Mandados

Os policiais cumpriram 28 mandados judiciais – sendo 12 de prisão temporária e 16 de busca e apreensão. As buscas são feitas no Distrito Federal, Entorno do DF e em Santa Catarina. Lá, os investigadores brasilienses receberam apoio da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), por intermédio da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Na operação, foram apreendidos 25 comprimidos de ecstasy, 15 trouxinhas de maconha, três veículos, uma espingarda, uma pistola, além de aproximadamente R$ 20 mil em espécie e anotações de contabilidade.

Os investigados são suspeitos dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e lavagem dinheiro. Caso sejam condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

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