Trabalho informal cresce no DF e alcança 375 mil profissionais, aponta IBGE
Número do 3º trimestre do ano representa um aumento de 11% na comparação com os três meses anteriores, quando eram 337 mil informais
atualizado
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O Distrito Federal registrou aumento de 38 mil trabalhadores e empregadores informais entre julho e setembro deste ano. Os dados são de um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na última sexta-feira (27/11).
O estudo faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), que analisa as taxas de desemprego e a ocupação da população a cada trimestre. De acordo com a análise, o índice de informalidade no mercado de trabalho brasiliense chegou a 28,6% da população ocupada entre julho e setembro. Nos três meses anteriores, a taxa era de 26%.
Ao todo, são cerca de 375 mil profissionais sem carteira assinada ou registro no DF. O total equivale a soma de: 110 mil empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, 42 mil empregados domésticos sem carteira assinada, 13 mil empregadores sem registro no CNPJ, 203 mil trabalhadores por conta própria sem CNPJ e 7 mil trabalhadores familiares auxiliares.
Ainda conforme o IBGE, o total de profissionais sem carteira ou registro no DF representa um aumento de 11% na comparação com os três meses anteriores, quando eram 337 mil informais.
Apesar de ter aumentado, o índice de informalidade no DF é o segundo menor do país, ficando atrás apenas de Santa Catarina, com 26,9% de informais. O estado com o pior resultado é o Pará, que tem taxa de 60,9% de profissionais inseridos no mercado de trabalho sem carteira ou registro.
Desemprego
Ainda de acordo com o levantamento, o desemprego no DF continua atingindo 15,6% da população, o mesmo percentual registrado no trimestre anterior. Isso equivale a 243 mil pessoas com mais de 14 anos. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o número de pessoas empregadas no DF caiu 10%.
Apesar de se manter estável, a taxa de desemprego na capital ficou acima da média do país. No terceiro trimestre, o índice nacional foi de 14,6%, o mais alto da série histórica iniciada em 2012, crescendo 1,3 ponto percentual em relação ao trimestre de abril a junho de 2020 (13,3%) e 2,8 pontos percentuais frente ao mesmo trimestre de 2019 (11,8%).
O estudo do IBGE ainda mostrou que, apesar do desemprego e do alto número de trabalhadores informais, o DF tem o maior rendimento do país, com salário médio de R$ 4.268. A média nacional ficou em R$ 2.554.