Torres está “em situação deplorável” e “à base de remédios”, diz advogado
A declaração do advogado Demóstenes Torres foi dada à imprensa na saída do 4° Batalhão de Polícia Militar no Guará
atualizado
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O ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, tem vivido “à base de remédios” e “está em uma situação deplorável”, afirma o advogado dele, o ex-senador cassado Demóstenes Torres. A declaração foi dada à imprensa na saída do 4° Batalhão de Polícia Militar no Guará.
Segundo o defensor, tem pesado para Torres ter “três filhas pequenas para criar”, uma “família” e estar passando por este processo. Mesmo assim, Demóstenes afirmou que o cliente dele esteve “muito tranquilo” durante todo o depoimento.
Confira a entrevista completa de Demóstenes
O depoimento
Após mais de 10 horas, o depoimento de Anderson Torres à Polícia Federal (PF) terminou por volta das 21h desta quinta-feira (2/2). No período, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal falou sobre a “minuta do golpe”, falhas na segurança que permitiram a invasão de terroristas aos Três Poderes, em 8 de janeiro, e a relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
À época da tentativa de golpe, Torres chefiava a SSP-DF, mas estava nos Estados Unidos de férias. Após os atos de vandalismo, acabou exonerado do cargo.
Leia na íntegra:
Anderson (1) Ocultado by Metropoles on Scribd
Além dos advogados de defesa de Torres — Rodrigo Roca e Demóstenes Torres –, uma equipe da Procuradoria-Geral da República (PGR) também acompanhou o depoimento. Eles deixaram o Bavop às 20h45.
Depoimento de Anderson Torres à PF dura mais de 10 horas
Ex-secretário da Segurança do DF deve falar sobre as falhas na segurança que permitiram a invasão das sedes dos Três Poderes por extremistas
Leia: https://t.co/SmEBEhEDAz pic.twitter.com/Uouy1CDm2u
— Metrópoles (@Metropoles) February 3, 2023
Investigação
Esta é a segunda vez que Torres foi ouvido pela PF. Na primeira, ele optou por ficar calado.
O ex-secretário do Governo do Distrito Federal (GDF) é investigado no âmbito do Inquérito dos Atos Antidemocráticos, aberto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Torres está detido no 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do Distrito Federal, ao lado do Bavop, desde que voltou dos Estados Unidos, em 14 de janeiro.