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Torcedores acusam PMs de agressão em final do Candangão

Em imagens divulgadas nas redes sociais, é possível ver PMs utilizando cassetetes para expulsar torcedores das arquibancadas

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Agressão policiais jogo do Brasiliense
1 de 1 Agressão policiais jogo do Brasiliense - Foto: Reprodução

Torcedores do Brasiliense e do Ceilândia acusam policiais militares por excesso de força durante a final do Campeonato Candangão BRB, entre o Ceilândia e o Brasiliense Futebol Clube, no Estádio Maria de Lourdes Abadia, o Abadião, no último sábado (9/4). O Jacaré tinha a vantagem do empate após vencer o primeiro jogo por 2 x 1 e fez valer o regulamento para conquistar a taça.

Segundo testemunhas, diversas pessoas foram agredidas pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) durante a partida.

De acordo com relatos dos presentes, a confusão teria acontecido durante comemoração após o gol de empate do Brasiliense. Sem motivo aparente, os policiais teriam expulsado de forma truculenta os torcedores com socos, pontapés, golpes de cassetete e spray de pimenta.

Pessoas que estavam com a camisa do Ceilândia e outros torcedores sem vestimentas de nenhum clube foram retirados pela PMDF do estádio. Em imagens divulgadas nas redes sociais é possível visualizar militares utilizando cassetetes para tirar os torcedores das arquibancadas.

Houve reclamação de excesso por parte da polícia em ambas as partidas da decisão — as duas disputadas com torcida única –, tanto dos apoiadores do Ceilândia quanto dos torcedores do Brasiliense.

Diversas imagens e reclamações foram postadas nas redes sociais. Em uma delas o dentista Iran Maldi publicou relato e mostrou as marcas da agressão cometida pelos policiais.

Ao Metrópoles, o profissional que é dentista de jogadores das duas equipes disse que esperava o fim da partida para tirar foto com os atletas no momento da premiação. “Não teve nenhuma briga ou discussão no estádio. Não entendi porque os policiais estavam tratando as pessoas daquele jeito. Não havia risco algum”, relata Iran.

Veja a publicação e o vídeo abaixo:

Em outra publicação, ele pede que quem apanhou da polícia durante a partida o procure para denunciar a ação. “Quero que as autoridades entendam que tem gente que corre atrás. A maioria das pessoas têm medo de denunciar policial para não sofrer represálias. Cheguei a comunicar a agressão para outros PMs fora do jogo e ninguém me ajudou”, frisa.

“Eu abri ação civil para mostrar que eles não podem abordar as pessoas dessa maneira. Demorei mais de 4h30 para conseguir concluir a minha denúncia na polícia. Estádio é lugar de paz. Era um jogo de torcida única. Não pode acabar desse jeito”, critica.

Confira:

O Metrópoles entrou em contato com a PMDF. Veja o posicionamento da corporação: “O policiamento correu a contento. Não houve registro de ocorrências, como brigas ou outro tipo de violência. Na dispersão do público, alguns torcedores se recusaram a sair e foi preciso o uso progressivo da força para retirá-los do estádio. Os ofendidos devem procurar a Corregedoria para que seja apurada a situação e saber se houve algum excesso cometido pelos policiais.
Atenciosamente”, encerra a nota.

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