TJGO concede liberdade a bombeiro que atirou na cabeça de maquiadora
Andrey Suanno Butkewitsch, 40 anos, foi preso após se envolver em confusão e balear maquiadora em bar. Crime ocorreu em Alto Paraíso (GO)
atualizado
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O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) concedeu liberdade provisória ao segundo-sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) Andrey Suanno Butkewitsch (foto em destaque).
Ele está preso desde janeiro, quando se envolveu em uma confusão generalizada em um bar de Alto Paraíso (GO), município na região da Chapada dos Veadeiros, e baleou uma mulher na cabeça. Andrey é réu no processo desde março, por tentativa de homicídio contra quatro pessoas e porte ilegal de arma de uso restrito.
O alvará de soltura foi emitido nessa quinta-feira (25/7), por decisão da 2ª Câmara Criminal do TJGO.
Relembre o caso
Em vídeo divulgado nas mídias sociais, é possível ver quando as agressões começam, por volta da 0h47. Pelas imagens, é possível ver quando o bombeiro e um segundo homem se estranham. Em seguida, eles trocam socos, e outras pessoas também entram na confusão.
A situação fica fora de controle, e alguns dos envolvidos deixam o local e seguem em direção a um carro. Nesse momento, segundo imagens de outra câmera de segurança, o militar aparece, saca uma arma e atira contra o veículo. O projétil atingiu a cabeça da maquiadora Jully da Gama Carvalho.
Assista:
“Não gosto de viado”
A denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) detalhou que Andrey teria dito a um dos homens acompanhado de Jully que “não gosta de viado”. A provocação teria sido o estopim para a sequência de acontecimentos que culminou na tentativa de homicídio.
A acusação acrescentou que a confusão começou quando Andrey foi ao caixa do bar para pagar o que havia consumido e que o bombeiro, a vítima e o amigo dela se encontraram na hora de acertar a conta.
O militar teria começado a olhar o celular de Jully e foi confrontado pelo amigo dela, que perguntou o motivo para Andrey observar o telefone da maquiadora.
“[…] questionou o motivo pelo qual Andrey estava praticando aquela ação, tendo ele afirmado: ‘Não gosto de viado’-sic”.
O homem se virou para sair do local, mas Andrey teria o empurrado. Neste momento, os dois começaram a se agredir, ações que foram gravadas pelas câmeras de segurança do bar.
Exoneração
À época do crime, o segundo-sargento estava lotado no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República. Depois do ocorrido, Andrey foi exonerado do cargo.