TJDFT condena servidor a 14 anos de prisão por matar marido da amante
Antônio Rufino Beserra de Paiva era segurança do Ministério Público da União e matou Wagner Lúcio Evangelista Cezário. Crime ocorreu em 2021
atualizado
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O servidor do Ministério Público da União (MPU) Antônio Rufino Beserra de Paiva (foto em destaque), 46 anos, foi condenado a 14 anos de prisão e à perda do cargo de supervisor de segurança. Ele é acusado de matar o motorista de ônibus Wagner Lúcio Evangelista Cezário, 39, em junho de 2021.
A decisão se deu após julgamento do caso pelo Tribunal do Júri do Gama, na terça-feira (2/4). O réu respondeu ao processo solto e poderá recorrer da decisão também em liberdade.
Os jurados acataram as duas qualificadoras apresentadas pelos promotores: motivo torpe para cometimento do crime e perigo comum, por expor várias pessoas a risco devido aos tiros disparados (leia abaixo).
Antônio matou Wagner Lúcio em 3 de junho de 2021, após o réu e a vítima discutirem em uma festa que ocorria em uma chácara, na Ponte Alta do Gama. As investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelaram que o motivo para o crime envolvia suposto caso entre o acusado e a esposa do motorista de ônibus.
O réu usou uma pistola Taurus 9mm para cometer o assassinato. Antônio tinha autorização para portar a arma devido ao trabalho como segurança no MPU. Wagner Lúcio foi baleado no tórax e no braço direito e morreu no local do crime. Ele trabalhava como motorista de transporte coletivo havia mais de sete anos e, à época, era funcionário da Urbi.
Detido em flagrante após o crime, o acusado teve a prisão convertida em preventiva após passar por audiência de custódia, mas, em setembro de 2021, a Justiça o autorizou a responder ao processo em liberdade.
A defesa do réu havia pedido a liberdade provisória em 27 de agosto daquele ano, sob alegação de que Antônio tinha bons antecedentes e residência fixa, além de trabalho. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por outro lado, recomendou a manutenção da prisão, por considerar graves as acusações contra Antônio e a existência de risco à ordem pública caso o acusado fosse liberado. A juíza do Tribunal do Júri do Gama, porém, decidiu a favor do preso.
Com informações do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT)