TJDFT condena assassino de motorista de app a 20 anos de prisão
Vítima foi morta com tiros nas costas, após em desentendimento no trânsito, e iria se casar poucos dias após o crime
atualizado
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Acusado pelo assassinato do motorista de aplicativo Felype Anderson de Sousa (foto em destaque), Alessandro Guerreiro Barros foi condenado nesta quinta-feira (20/5) a 20 anos de reclusão em regime fechado. O crime ocorreu após uma discussão de trânsito, no Itapõa, em 11 de abril de 2019. A vitima estava com casamento marcado para poucos dias após o assassinato.
A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Paranoá apresentou a denúncia. Alessandro foi condenado por homicídio triplamente qualificado.
Os jurados acolheram os argumentos apresentados pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). São eles: motivo fútil, perigo comum e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Segundo o promotor de Justiça Daniel Bernoulli, responsável pela denúncia, este tipo de crime precisa de respostas céleres e duras.
“Uma discussão banal de trânsito que acabou tragicamente com a vida de um jovem cheio de sonhos. A comunidade deu a resposta devida ao caso”, argumentou. O caso foi investigado pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).
Acusado de assassinar Felype, Alessandro tinha saído do regime aberto em outubro de 2018, segundo a delegada-chefe da 6ª DP na época, Jane Klébia.
Alessandro Barros ficou preso durante cinco anos por tentativa de homicídio. Segundo a delegada, o crime anterior foi por motivação passional. De acordo com relatos, o suspeito é uma pessoa de “temperamento muito explosivo”.
Conforme a investigação da PCDF, o assassino usou uma pistola .380 no assassinato do motorista de app. Alessandro foi preso por investigadores da 6ª DP.
O caso
O crime aconteceu na Avenida Comercial do Itapoã, por volta das 20h. Felype estacionava o carro quando foi atingido pelo veículo conduzido por Alessandro.
O motorista de aplicativo foi morto com quatro tiros, pelas costas. Felype trabalhava há dois anos como motorista de aplicativo. Batalhou para conseguir comprar o carro e fazia corridas durante grande parte do dia.
Felype planejava se casar com a noiva, com quem morava e se relacionava há seis anos, em 15 de abril de 2019. Ou seja, pouco dias após o crime.
“Me perdoa, eu não fiz nada”. Essas foram as últimas palavras ditas pelo motorista de aplicativo Felype Anderson de Sousa à noiva, logo após levar quatro disparos nas costas.
Foragido
Alessandro ficou foragido até outubro de 2020, quando foi preso preventivamente pelo projeto “Foragidos da Justiça”, implementado pelo MPDFT por intermédio do Núcleo do Tribunal do Júri e de Defesa da Vida.
Para o promotor de Justiça Antonio Suxberger, que realizou o plenário do júri, “é um caso trágico, em que uma discussão resultou na morte de um jovem de 22 anos. (Com informações do MPDFT)