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“Tio Marmita” doa 400 refeições por dia para pessoas carentes do DF

Há 7 anos, Adenilson Cruz decidiu dedicar a sua vida ao trabalho filantrópico e distribuir comida para a população vulnerável

atualizado

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Marmita
1 de 1 Marmita - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

“O propósito de doar marmitas é salvar vidas”. Assim Adenilson Cruz, de 44 anos, define o trabalho realizado com muito esforço e dedicação no Distrito Federal. Desde 2015, ele prepara e distribui refeições para pessoas em situação de vulnerabilidade social nos diversos pontos da capital do país. A recompensa, segundo ele, é receber um sorriso de volta por quem é ajudado.

Há 7 anos, o então consultor decidiu mudar radicalmente de profissão e começou a produzir e vender marmitas por conta própria. Pelo valor de R$ 10, ele vendia para quem podia pagar e doava para quem não tinha condições. Na época, eram produzidas cerca de 40 refeições por dia.

“Foi uma forma que eu encontrei de me tratar. Ajudar o próximo e, também, me ajudar. Comecei vendendo no Hospital Universitário de Brasília e no Hospital Materno Infantil. Precisava do dinheiro das vendas para poder bancar as doações e pagar o meu aluguel”, relembra Adenilson.

Com o tempo, o “Tio Marmita”, como é conhecido, passou a comercializar 100 “quentinhas” na rodoviária e expandiu as doações para pessoas em situação de rua e em casas de recuperação. “A forma mais honesta que eu encontrei de ajudar alguém foi por meio da comida, porque não tem desperdício”, detalha.

Em uma casa de fundo, no Guará 1, Adenilson produz as refeições na cozinha industrial improvisada. O trabalho leva tempo e começa ainda na noite anterior da distribuição. Na manhã seguinte, a produção é retomada logo cedo, por volta das 6h. Tudo é preparado por ele com auxílio de alguns poucos ajudantes.

A distribuição das marmitas começa por volta das 13h e termina às 16h. No período noturno, ele inicia novamente às 20h e finaliza já de madrugada, às 2h.

Ao longo dos anos de projeto, ele encontrou parceiros que o incentivaram a continuar nessa empreitada pelos bastidores. Alguns mercados do DF mobilizaram-se para contribuir com os alimentos necessários para o preparo das refeições, e outros empresários e voluntários colaboram mensalmente com alguma quantia.

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São produzidas cerca de 400 marmitas todos os dias
Ele começa a cozinhar ainda na noite anterior das doações
A cozinha industrial é improvisada
As marmitas são transportadas com o auxílio de um carrinho
Os indígenas o conhecem como "Tio Marmita"
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Adenilson prepara as refeições na cozinha de casa

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São produzidas cerca de 400 marmitas todos os dias

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Ele começa a cozinhar ainda na noite anterior das doações

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A cozinha industrial é improvisada

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As marmitas são transportadas com o auxílio de um carrinho

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Os indígenas o conhecem como "Tio Marmita"

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Adenilson distribui as quentinhas em diversas regiões do DF

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As doações também ocorrem à noite

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Adenilson e crianças indígenas

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Pessoas carentes recebem as doações

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Os gastos para manter o projeto social são altos e aumentaram nos últimos dois anos, desde que ele decidiu se dedicar apenas as doações e quadruplicou o número de marmitas distribuídas. “Não tem como misturar filantropia com comércio e eu não queria mexer com dinheiro. Se eu for vender essas refeições, quem vai se preocupar com as pessoas que precisam de doação?”, pondera.

Segundo Adenilson, para produzir diariamente 400 refeições, são gastos mais de R$ 48 mil por mês com verduras, carnes, embalagens, produtos de limpeza, gás de cozinha e cestas básicas, além de despesas com outros itens de cozinha e com as contas. Todos os custos pagos por meio de doações.

Desde o início a pandemia de Covid-19, o projeto chegou também aos moradores da comunidade indígena da aldeia Tekohaw, tribo Guajajara, localizada próxima às obras do Setor Noroeste.

Instituto Adenilson Cruz

No final do ano passado, o “Tio Marmita” deu mais um passo na realização do trabalho filantrópico e criou o Instituto Adenilson Cruz. Apesar de o objetivo principal ser o resgate de pessoas em situação de rua, a fome e o frio representam a urgência do momento.

“Todo o esforço do Instituto está voltado para fornecer o básico para a sobrevivência dessas pessoas. Quero criar um lar igual ao que eu fui criado. Para muitos pode ser loucura, mas tem um propósito e alguém tem que cumpri-lo”, conta ele.

Além das doações das marmitas, o projeto doa cestas básicas, roupas, agasalhos, cobertores e, também, faz a abordagem social com a finalidade de resgatar e encaminhar as pessoas que querem iniciar a ressocialização, levando-as para as casas de recuperação na região do Entorno de Goiás, Planaltina, Sobradinho e Brazlândia.

Como ajudar

Para conhecer mais sobre o projeto, os interessados podem buscar informações pelo Instagram @institutoadenilsoncruz ou pelo site www.adenilsoncruz.org.br.

Quem quiser contribuir com a doação para as marmitas, cestas básicas ou outros itens de necessidade, pode doar através de transferência bancária ou via Pix.

Recentemente, Adenilson iniciou uma obra em sua residência para ampliar o espaço de produção das marmitas, e duplicar a quantidade fornecida. As doações também podem ser destinadas para a reforma.

Veja as informações para a transferência ou PIX:

Banco do Brasil
Agência: 1419-2
Conta corrente: 31.847-7
PIX: 44.340.277/0001-39

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