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Testemunha diz que estudante de direito deu “gritos de desespero” antes de morrer

Vizinha do apartamento de Milena afirma ter ouvido os gritos por volta das 5h de sábado (16/10)

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Violência contra a mulher
1 de 1 Violência contra a mulher - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Uma das testemunhas ouvidas durante a investigação sobre o caso da morte da estudante de direito Milena Cristina Gonçalves Santiago, 24 anos, afirma ter ouvido gritos “de desespero” do apartamento da vítima, por volta das 5h de sábado (16/10).

Milena foi encontrada morta na madrugada daquele dia, na QN 08 do Riacho Fundo II, com um hematoma na região do pescoço, conforme descrito pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.

Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Gabriel Henrique de Oliveira Borges, 28 anos, autor do homicídio doloso, confessou que “apagou ao lado dela” após uma ter “relação sexual violenta”. Ele relatou que estava sob efeito de drogas e que, por isso, não se recorda de ter usado força excessiva durante o ato sexual, nem se Milena estava viva após a relação.

O acusado ainda alegou ter tentado chamar Milena quando acordou, mas ela não respondeu.

Em outro depoimento, uma testemunha disse que a vizinha do apartamento abaixo ao de Milena ouviu “gritos de desespero” vindos do local do crime, por volta das 5h. Para a depoente, a vítima estaria com “medo”. No entanto, ela afirma não se recordar ter ouvido gritos de socorro.

Investigação

O caso foi registrado na 27ª DP (Recanto das Emas). De acordo com o delegado Pablo Aguiar, o homem disse ter ido à casa da vítima com outras duas pessoas. “Lá, houve consumo de bebida alcoólica e entorpecentes.

Gabriel afirma que estava com outros dois colegas na casa de Milena, quando saiu do local e deixou os jovens na casa de um deles, em Samambaia, por volta das 4h. Segundo o autor do crime, ele e Milena haviam flertado a noite toda e, por essa razão, ele resolveu voltar à casa da vítima. Milena teria aberto o portão.

Gabriel foi autuado em flagrante, incialmente pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Após a audiência de custódia, houve mudança na tipificação para homicídio doloso, quando há intenção de matar.

Nota de falecimento

As diretorias da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) e da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF) lamentaram o falecimento da estudante de direito Milena. “Neste momento difícil e delicado, a CAADF se solidariza e deseja força, coragem e muita união aos familiares e amigos(as)”.

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