Terrorismo: criminosos usavam rádios e tinham sincronia, diz Cappelli
Informações são do interventor na Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli. Ele diz que está apurando denúncias e que “dia 8 não acabou”
atualizado
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Os criminosos responsáveis pelos ataques à democracia de 8 de janeiro em Brasília usavam rádios e agiam com sincronia, segundo o interventor na Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli. Em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (19/1), ele disse que apura novas informações sobre o dia.
Vídeos analisados pelo interventor apontam o momento em que a barreira de segurança mais próxima ao Congresso Nacional é rompida. “Imagens mostram o momento em que homens se aproximam da primeira fila de gradis e, ao invés de empurrar, puxam, de forma sincronizada, derrubando a contenção”, escreveu Cappelli.
Esses vídeos seriam provas de que as ações de 8 de janeiro foram coordenadas por lideranças que se organizaram na tentativa de causar uma desobediência civil violenta na tentativa de um golpe de Estado. Os depoimentos de bolsonaristas presos também acrescentam informações à investigação.
“Segundo policiais, ‘manifestantes’ usavam rádios para se comunicar. Estamos apurando tudo. O dia 8 ainda não acabou”, sintetizou o interventor. Além dos atos de vandalismo, 44 policiais militares ficaram feridos por agressões de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).
Imagens mostram o momento em que homens se aproximam da primeira fila de gradis e, ao invés de empurrar, puxam, de forma sincronizada, derrubando a contenção. Segundo policiais, “manifestantes” usavam rádios para se comunicar. Estamos apurando tudo. O dia 8 ainda não acabou.
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) January 20, 2023
A manifestação vinha sendo compartilhada em diferentes grupos virtuais, que organizaram caravanas, métodos de invasão e até plantas de prédios dos Três Poderes. No dia 8 de janeiro, os criminosos invadiram o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, destruindo o patrimônio público e atacando as forças de segurança.