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Terceirizados da rede pública de ensino do DF ameaçam entrar em greve

Funcionários responsáveis pela limpeza e merenda escolar alegam atraso nos salários. Eles prometem parar nesta quinta-feira (14/2)

atualizado

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1 de 1 greve - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ano letivo da rede pública de ensino do Distrito Federal começou com problemas. Servidores terceirizados responsáveis pela limpeza e merenda escolar ameaçam entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir desta quinta-feira (14/2). Eles reivindicam o pagamento dos salários e do vale-alimentação referente ao mês de janeiro.

Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação de Serviços e Serviços Terceirizados no Distrito Federal (Sindiserviços/DF), os recursos deveriam ter caído na conta dos trabalhadores na última quarta-feira (6). De acordo com a entidade, três mil empregados da empresa Juiz de Fora estão sem receber. Além disso, dois mil funcionários da Servegel e mil trabalhadores da G&E Serviços estão com os salários atrasados.

Antônio Pádua, diretor de comunicação do Sindiserviços, conta que um documento de notificação já foi enviado ao Governo do Distrito Federal (GDF) e às empresas. Os funcionários irão esperar pelos salários até 23h59 desta quarta-feira (13). Caso o dinheiro não seja repassado, eles entrarão em greve. “A gente vai tentar unir o pessoal para iniciar uma greve. O problema é que as empresas ficam ameaçando os funcionários. Eles ficam com medo de perder o emprego”, afirma Pádua.

Uma funcionária terceirizada conta que os atrasos são recorrentes. “Já estou nessa empresa há vários anos e é assim todo mês”, afirma a trabalhadora, que preferiu não se identificar, por medo de retaliação.

Outro lado
Marcelo Monteiro, diretor da Servegel, explicou que o atraso nos pagamentos dos servidores é apenas uma consequência de um descaso do GDF. Ele conta que a empresa não recebe verba do governo desde julho de 2018. “Durante todo esse tempo, nós tiramos dinheiro de outros contratos para pagar os funcionários. Agora, sem a verba do governo, não conseguimos mais pagar os trabalhadores”, explica o diretor.

Ele afirma que a empresa acionou o Ministério Público sobre o caso. Além disso, segundo Marcelo, o número de funcionários com salários atrasados é 68, e não mil, como diz o Sindiserviços.

A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) conta que o repasse de verbas para as empresas está regular. “Todos os pagamentos de contratos com empresas terceirizadas que prestam serviços para a SEEDF estão em dia”, explicou a pasta, em nota. O órgão não informou se as aulas das escolas serão prejudicadas caso haja greve dos funcionários da limpeza e da merenda.

As empresas G&E Serviços e Juiz de Fora foram procuradas, mas não se posicionaram até a última atualização da reportagem.

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