Terceirizados da limpeza de hospitais públicos do DF entram em greve
Segundo o sindicato representante dos trabalhadores, somente os funcionários do Plano Piloto tiverem as dívidas quitadas
atualizado
Compartilhar notícia
Funcionários terceirizados da limpeza dos hospitais da rede pública de saúde do Distrito Federal, exceto no Plano Piloto, entraram em greve nesta sexta-feira (11/12). O motivo é novo atraso no pagamento — a segunda vez, em dois meses.
A nova paralisação surge por causa do atraso dos salários de novembro, que deveriam ter sido pagos no quinto dia útil de dezembro.
Presidente do Sindicato de Serviços Terceirizáveis (Sindiserviços-DF), Maria Isabel Caetano conta que a promessa é de que as dívidas fossem sanadas nesta tarde. “Às vezes, voltávamos porque alguns recebiam, mas outros ficavam sem receber. Desta vez, só vamos voltar quando o último receber”, afirma.
“Mandamos o ofício avisando da greve. Hoje, continua o pessoal das cidades satélites sem receber”, destaca Maria Isabel.
No último mês, quando houve greve, o Sindiserviços informou que o pagamento do salário ocorreu apenas em 19 de novembro, com 12 dias de atraso. “Temos, insistentemente, cobrado da BRA [empresa responsável pela contratação dos funcionários] a pontualidade no pagamento dos vencimentos dos seus empregados”, ressalta nota da entidade.
No Hospital Regional de Samambaia, um funcionário, que preferiu não se identificar, lamenta a situação. “Estou aqui no terceiro andar, onde funciona a clinica médica. Precisa de alguém da limpeza e não tem. O elevador está imundo e não tem ninguém”, denuncia.
“A resposta da empresa é de que não tem previsão. São pais e mães de família que trabalham o mês todo, e não recebem. Não é a primeira vez”, reclama.
Alerta
Segundo a direção do Sindiserviços , a Secretaria de Saúde tem sido alertada quanto ao prejuízo que a empresa tem causado e a nova possibilidade do movimento paredista na rede pública de saúde. “Como nas vezes anteriores, a secretaria demora para se posicionar e, aparentemente, não pune com os rigores que a legislação determina as empresas que contrata para a prestação dos serviços terceirizados”, alega o texto.
O que dizem os responsáveis
O Metrópoles entrou em contato a Secretaria de Saúde e com a empresa BRA. Até a publicação desta reportagem, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.