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Após uma hora e meia, terceirizado do Senado se rende na L4 Sul

Homem foi demitido, fez ameaças na Casa, fugiu e foi cercado na via. PM negociou rendição, que ocorreu por volta das 16h

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Homem se rende na L4 Sul
1 de 1 Homem se rende na L4 Sul - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A via L4 Sul foi completamente isolada, sentido Guará, por volta das 14h30 desta sexta-feira (26/04/2019), no Setor de Clubes. Policiais militares e bombeiros, e até mesmo um helicóptero da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), sobrevoou a região. Tudo porque um funcionário terceirizado demitido do Senado entrou no escritório de empresa que fica dentro da Casa e fez ameaças, dizendo que estava armado. Em seguida, saiu do local. A Polícia Legislativa do Senado o perseguiu.

E chegou a dar tiros no pneu do carro onde Paulo da Silva Martins, 53 anos, estava. O veículo que o morador do Novo Gama (GO) dirigia foi interceptado e cercado na L4 Sul. O homem ficou trancado dentro do automóvel, de placa JHY-3607-DF. Após uma hora e meia, por volta das 16h10, ele deixou o carro. Saiu sem camiseta, com as mãos para o alto, logo depois que o irmão chegou ao local.

Paulo foi algemado e levado para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). Não estava armado, segundo garantiu a Polícia Militar. “Só saio daqui morto ou se me matarem”, disse o homem aos primeiros policiais militares que chegaram no local. De acordo com os PMs, o acusado parecia “transtornado, transpirava muito, rezava o tempo todo e apresentava sinais de que sentia falta de ar”. E ameaçava pegar alguma coisa, como se fosse uma arma.

Além da PMDF, a Polícia Legislativa e o Corpo de Bombeiros deram apoio à operação. Às 15h, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegou para ajudar nas negociações. O veículo foi cercado.

Um caminhão bloqueou a pista. O congestionamento se formou na região. Os policiais tiveram de fazer um disparo no pneu do carro prata em que o homem estava, para que ele parasse o automóvel no meio da via, uma das principais de ligação entre as cidades do Lago Sul e Guará.

Por volta das 15h, a esposa de Paulo da Silva Martins ligou para a equipe da negociação da PMDF. Disse que o marido não tem arma e estaria blefando. Atiradores de elite da corporação foram posicionados na região.

De acordo com o Portal da Transparência, Paulo da Silva Martins aparece como lotado na Secretaria de Infraestrutura do Senado, no cargo de apoio técnico administrativo II no controle de almoxarifado do Senado. O terceirizado pertencia à Cetro RM Serviços.

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Antônio Carlos Farias, 53 anos, disse que não estava no escritório da empresa no momento em que o ex-funcionário chegou
PM negociou com o homem, que estava trancado no carro
Caminhão fechou a pista, sentido Guará
Batalhão de Operações Especiais (Bope) encabeçou a negociação
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Paulo fez ameaças no Senado, fugiu e foi perseguido. Após ser cercado, ele se rendeu

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Antônio Carlos Farias, 53 anos, disse que não estava no escritório da empresa no momento em que o ex-funcionário chegou

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PM negociou com o homem, que estava trancado no carro

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Caminhão fechou a pista, sentido Guará

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Batalhão de Operações Especiais (Bope) encabeçou a negociação

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O Metrópoles entrou em contato com o controle de almoxarifado do Senado, onde Paulo trabalhava. Por telefone, um funcionário disse que o homem chegou transtornado ao local na tarde desta sexta. A Polícia Legislativa foi acionada.

De acordo com o chefe de Paulo Silva Martins, Antônio Carlos Farias, 53 anos, o funcionário foi dispensado do trabalho nesta sexta-feira por “problemas disciplinares”. “Aparentava ser um funcionário tranquilo. Segundo ele disse, está armado. É uma suposição, ninguém tem certeza. Acredito que ele já esteja arrependido do que fez”, disse.

De acordo com Antônio, ao contrário das informações preliminares que circularam, ele não foi ameaçado diretamente por Paulo, porque não estava no local no momento em que o homem chegou. O ataque foi direcionado aos ex-colegas. “Ele parecia estar embriagado e disse que queria tirar satisfação com quem o entregou por problemas disciplinares”, afirmou o chefe, que está no local.

Primo da esposa de Paulo, Nabor Brasil, que é policial civil, esteve na L4 Sul e negociou para que ele se entregasse. “Eu que participei da retirada dele do carro, falava para se entregar, que nada iria acontecer. Chorava muito e aparentava estar um pouco alcoolizado. Ele é o provedor da família, por isso ficou chateado com a demissão. Não tinha histórico de crises. É um cidadão de bem, casado e pai de duas crianças”, afirmou.

Colaborou Larissa Rodrigues

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