Tentativa de sequestro em parquinho da Asa Sul assusta moradores
A moradora de rua que bateu na babá e tentou sequestrar uma criança foi presa no início da noite desta quarta, no Núcleo Bandeirante
atualizado
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A tentativa de sequestro de uma menina de 1 ano e 5 meses que brincava em um parquinho, na quadra 310 Sul, na manhã desta quarta-feira (25/5), pegou os moradores da região de surpresa, que consideram o local seguro.
“Moro aqui há dois anos e foi a primeira vez que vi isso acontecer. Teve casos de furto, mas tentativa de roubar uma criança, a primeira vez. Os moradores vão ficar mais atentos”, conta o militar Fábio de Matos, de 38 anos.
A moradora de rua que bateu na babá e tentou sequestrar uma criança foi presa no início da noite desta quarta. Equipes da 1º DP (Asa Sul) identificaram a mulher no Núcleo Bandeirante.
Porteiro do prédio em frente ao parquinho, Edmilson Vieira, 58, reforça a questão de que a área é um local calmo. “Aqui é tranquilo, a meninada brinca à vontade. Nunca tivemos problema”, declara o trabalhador.
“Geralmente na parte da manhã e da tarde sempre tem crianças brincando. Nunca percebemos nenhum movimento suspeito”, diz o morador David de Almeida, 40.
O caso
“Se não fosse a babá, não sei se a minha filha estaria aqui hoje”. A frase, emocionada, é da pedagoga Ana Márcia Rabelo, de 39 anos, mãe da criança que sofreu uma tentativa de sequestro.
“Eu estava em casa no momento e a babá tinha acabado de descer. Elas ficaram 20 minutos aqui embaixo, quando voltaram até achei estranho, porque normalmente ficam entre 40 minutos a 1 hora aqui no parquinho. Quando ela chegou, estava com o pescoço todo ensanguentado”, conta a mãe.
O pescoço ao qual Ana se refere é de Margarett Silva, 38 anos. A babá trabalha na casa da família há quase dois anos. “Do nada ela pulou na menina. Percebi que ela não era normal. Eu pulei de volta e peguei a criança pelas costas dela”, explica a funcionária. Após o atrito, a suposta sequestradora continuou no local, destemida. “Ela ficou andando e pedindo para devolver. Quando falei que ia chamar a polícia, ela saiu correndo”, finaliza Margarett.
Embora as informações preliminares apontem que a suspeita é uma moradora de rua, a mãe desconfia. “Ela não estava com vestimentas de moradora de rua, foi o que mais me preocupou. Aqui é um parquinho que nunca tinha acontecido nada. Minha filha já está acostumada a vir aqui”, revela.
Margarett relembra que a suspeita já estava no local quando chegou com a criança. “A primeira vez que vi ela foi hoje. Quando a gente chegou, ela já estava parada ali, balançando sozinha”, relembra. Antes do ataque, a suposta moradora de rua já tinha chamado a menina por diversas vezes. Ao ser ignorada, partiu para o ataque.
“Uma pessoa bem vestida e que estava observando o movimento da quadra: se não fosse a babá, não sei se a minha filha estaria aqui hoje”, diz Ana Márcia, agradecida pela atitude de Margarett.
“Quando ela chegou em casa eu percebi que ela estava assustada. Eu espero que isso não crie sequelas pra ela. Aqui no parquinho eu não me sinto segura. Não venho mais. Ela adorava esse parquinho”, diz Ana, ao se referir da filha.
Testemunha
Uma das testemunhas que presenciaram o ataque, a babá Vitória Ferreira, de 49 anos, conta já ter visto a suspeita no local em outras duas oportunidades. “De repente, veio a moça de baixo dos blocos, com uma sacola grande na mão e uma toalha molhada nos braços. Ela entrou e sentou na gangorra”, conta.
Após sentar-se no local, a foragida observou o movimento do parquinho por aproximadamente 10 minutos antes de tentar o sequestro. “Quando eu vi, a babá já estava pedindo socorro, gritando ‘me ajuda’. Ela conseguiu puxar a criança dela e correr”, narra.
“É uma moça bem vestida, estava de bota. Ela não parece com uma moradora de rua, como estão dizendo”, finaliza Vitória.
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