TCDF investiga Federação de Jiu-Jítsu por possíveis irregularidades em prestação de contas
Campeonato feito pela Federação de Jiu-Jítsu de Brasília em 2013 recebeu cerca de R$ 397,4 mil, em valores atualizados
atualizado
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O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) investiga possíveis irregularidades na prestação de contas de recursos repassados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para a realização de eventos esportivos da Federação de Jiu-Jitsu de Brasília (FJJB) em 2013.
Os valores foram repassados pelas administrações de Paranoá, Ceilândia, São Sebastião e Recanto das Emas para um suposto campeonato de jiu-jitsu no DF. O valor atualizado foi de cerca de R$ 397,4 mil.
O TCDF deu o prazo de 30 dias para que a entidade responsável comprove o recolhimento da referida quantia aos cofres públicos.
Procurada, a FJJB disse, sem dar mais explicações, que não é a entidade investigada pelo TCDF. Após insistência, o órgão acrescentou que não poderia ajudar e disse que a reportagem deveria procurar a Corte de Contas.
Fraudes
Na semana passada, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagrou a Operação Armlock, contra possíveis fraudes em repasses para eventos esportivos. A investigação apurou um esquema que simulava eventos esportivos que jamais ocorriam, mas cujo dinheiro era empenhado.
A Associação Centro-Oeste de Jiu-Jítsu (Cojj), com sede e dirigentes fixados na cidade de Goiânia (GO), nem sequer tinha estrutura física declarada, mas, a pretexto da realização de campeonatos de artes marciais no Distrito Federal, recebeu boa parte da verba pública repassada por secretarias do DF a Organizações da Sociedade Civil, por meio de parcerias, entre junho de 2021 e fevereiro de 2022.
A ação foi fruto de aprofundadas investigações desenvolvidas após comunicação remetida pelo Ministério Público de Contas (MPC) sobre aumento considerável do número de termos de fomento firmados entre secretarias do DF com entidades sem fins lucrativos.
As apurações apontam para a utilização da associação, em tese sem fins lucrativos, como fachada para que os recursos públicos fossem desviados em favor dos investigados e para eventos de cunho privados.
A Federação de Jiu-Jitsu de Brasília não foi alvo da operação da semana passada.