TCDF inclui consórcio, Caixa e Santander em processo do Centrad
Com pedido aceito, empresas podem participar da análise do questionamento sobre ocupação do Centro Administrativo em Taguatinga
atualizado
Compartilhar notícia
O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) aceitou pedido e incluiu as empresas (Via Engenharia e Odebrecht) construtoras do Centro Administrativo em Taguatinga (Centrad) e os bancos que financiaram o empreendimento (Caixa Economia Federal e Santander) no processo que analisa questionamento do Ministério Público de Contas (MPC) sobre a ocupação do espaço.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (09/07/2019), em sessão reservada, já que o assunto corre em sigilo. Os conselheiros deram prazo de 15 dias para que os novos integrantes do processo se manifestem.
Em 9 de abril deste ano, o plenário negou pedido do Ministério Público de Contas local (MPC-DF) para determinar de forma cautelar a suspensão da mudança ao Centrad. A ocupação foi questionada pelo procurador Demóstenes Tres de Albuquerque.
Na representação feita pelo MPC, o procurador alegou que não há garantia de que a mudança seja vantajosa para o poder público. Ele argumentou que não houve planejamento para a transferência.
A mudança, lembra ele, passa por contratos logísticos, pontos de energia, água, internet, ar-condicionado, além de mobiliário e divisórias. Segundo Demóstenes, o GDF não sabe quanto vai custar efetivamente a troca de sede.
O relator do caso, conselheiro Inácio Magalhães, apresentou voto contrário à concessão da medida cautelar. Renato Rainha, Paulo Tadeu e Márcio Michel discordaram do relator e pediram a suspensão. Porém, os conselheiros Manoel de Andrade e Paiva Martins votaram com o relator, e a presidente do TCDF, Anilcéia Machado, desempatou.
Em nota, o Governo do Distrito Federal (GDF) disse que prestou as informações solicitadas pelo Tribunal de Contas e aguarda deliberação.
Pressão
A decisão ocorreu um dia depois de empresários e a administradora de Taguatinga, Karolyne Guimarães, visitarem a presidente do Tribunal de Contas do DF, Anilcéia Machado, e pediram pressa na análise do assunto. O grupo defende a ocupação do Centrad, afirmando que o espaço é importante para alavancar o desenvolvimento do eixo Taguatinga/Ceilândia/Samambaia.