Taxa de transmissão da Covid cresce por seis dias e chega a 1 no DF
Segundo a OMS, o índice de 1 é limite de segurança para evitar o crescimento acelerado da pandemia do novo coronavírus
atualizado
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A taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus chegou a 1, segundo dados divulgados na edição do Boletim Epidemiológico da Pandemia de Covid-19, da Secretaria de Saúde, na quarta-feira (19/5).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de 1 é o limite de segurança na pandemia. Ao passar disso, a instituição recomenda a adoção de medidas restritivas, pois o desenvolvimento da Covid-19 tende a avançar.
O índice de transmissão regional da Covid-19 no Distrito Federal segue em alta desde 14 de maio, ou seja, cresce por seis dias consecutivos.
Na sexta-feira (14/5), a Rt estava em 0,85. O boletim de sábado (15/5) marcou 0,86. No domingo (16/5), passou a 0,88. Ao fim da segunda-feira (17/5), o registro alcançou 0,94. Na terça-feira (18/5), 0,97.
Entenda
Se a taxa for de 1,2, isso significa que cada 100 pacientes infectados tendem a transmitir a doença para 120 pessoas. Caso o índice esteja em 0,80, representa que cada 100 diagnosticados com a Covid-19 podem contaminar 80 indivíduos.
Segundo dados divulgados pelo Governo do Distrito Federal (GDF), o DF registrou a taxa de transmissão de 1,38, em março de 2021. O índice foi de 3,1 em março de 2020.
Terceira onda
Na segunda-feira (17/5), o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, alertou sobre a possibilidade de terceira onda da Covid-19 no DF.
De acordo com Okumoto, em função do avanço da vacinação, muitas pessoas deixam de lado os cuidados preventivos, como uso de máscaras e álcool em gel, além do distanciamento social, aumentando as aglomerações.
Pelo diagnóstico do secretário de Saúde, pelo menos cinco estados indicaram a chegada da terceira onda. Neste contexto, celebrações do Dia das Mães podem ter contribuído para a nova alta.
Média móvel
Na quarta-feira (19/5), a média móvel de mortes por Covid-19 no DF foi de 26. É o menor índice desde 17 de março, quando marcou 25,7. Na comparação com 14 dias atrás, houve redução de 31,3% – ou seja, tendência de queda.
Outro lado
O Metrópoles entrou em contato com Secretaria de Saúde sobre a questão. O espaço está aberto para eventuais comentários da pasta.