Taxa de desemprego cai para 16,8% no DF e é a menor dos últimos 5 anos
Pesquisa da Codeplan e do Diesse divulgada nesta sexta (26) mostra que o contingente de desempregados em outubro ficou estimado em 278 mil
atualizado
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A taxa de desemprego total no Distrito Federal diminuiu de 18,5% para 16,8%, entre outubro de 2020 e de 2021, sendo a menor taxa de desemprego dos últimos cinco anos na capital. No mesmo período, a proporção de pessoas com 14 anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas cresceu, ao passar de 63,6% para 65,1%.
O dado é da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED-DF), feita pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Foi divulgada nesta sexta-feira (26/11).
A redução do desemprego no DF vem se acentuando mês a mês. Em outubro deste ano, o contingente de desempregados foi estimado em 278 mil pessoas, 19 mil a menos que o observado no mês anterior, resultado da redução no número de pessoas em desemprego aberto (-6,9%, ou -18 mil) e da relativa estabilidade daquelas em desemprego oculto (-2,7%, ou -1 mil).
Segundo o presidente da Codeplan, Jean Lima, pelo menos três fatores foram fundamentais para a redução. “O avanço da vacinação [contra a Covid-19] aliado aos incentivos econômicos do governo e à quantidade de obras em andamento são os responsáveis pela alta no número de contratações”, comenta, acrescentando que a sazonalidade também contribui para o aumento das contratações, visto que tem chegado o período de vendas de Natal.
Contratações
A pesquisa aponta outro dado positivo: o grupo de baixa renda é o mais contratado. Eles representavam 32% dos desempregados e a taxa caiu para 19,8%.
O comércio, principalmente a área de vendas, é um dos que mais tem empregado pessoas, junto de serviços e da construção civil. Segundo a pesquisa da Codeplan, em outubro do ano passado, o setor de serviços contratou 926 mil pessoas. Este número subiu para 985 mil neste ano.
No comércio, as admissões subiram de 225 mil em 2020 para 239 mil neste ano. Fazendo o recorte apenas dentro das agências do trabalhador, que fazem o intermédio entre as pessoas que buscam emprego e empresas do DF, as vagas para serviços, obras e comércio são as que mais aparecem.
Incentivos
Entre as medidas anunciadas pelo governo, o Pró-Economia é um dos que já têm ajudado a alavancar vagas. O primeiro foi lançado em maio deste ano, com 20 medidas para fomentar a economia da capital e evitar que precisem fechar as portas, aumentando o desemprego.
Um novo pacote de medidas, o Pró-Economia II, foi lançado na quarta-feira (24/11), com o objetivo de cumprir uma máxima econômica: a redução ou facilitação do pagamento de tributos para aumentar a arrecadação.
“Ao longo desses dois anos, adotamos várias medidas de redução, isenção e prorrogação de pagamento de impostos e, assim, conseguimos aumentar a arrecadação, trazer mais empresas para o DF e aumentar a quantidade de postos de trabalho”, avalia o secretário de Economia, André Clemente.