Suspensão de aulas no DF vale pelo menos até domingo
Segundo circular da Secretaria de Educação, as aulas devem ser retomadas na segunda-feira (16/03), caso prazo não seja prorrogado
atualizado
Compartilhar notícia
Nas escolas, há uma dúvida sobre o decreto que suspendeu as aulas nas redes pública e particular de ensino do Distrito Federal. A Secretaria de Educação esclarece que as atividades estão interrompidas por cinco dias, até domingo (15/03). A data, inclusive, consta em circular da pasta, e pode ser prorrogada por mais cinco dias, caso necessário. Ou seja, estudantes, professores e funcionários das instituições devem retornar na segunda-feira (16/03).
A determinação do governador Ibaneis Rocha (MDB) consta no Decreto nº40.509, publicado em edição extra do Diário Oficial do DF na noite dessa quarta-feira (11/03), após a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar pandemia por conta da disseminação da doença em todo o mundo. A restrição vale também para eventos com mais de 100 pessoas.
Circular da Secretaria de E… by Metropoles on Scribd
De acordo com circular da Secretaria de Educação, ficam adiadas também as entrevistas com os educadores sociais voluntários, que ocorreriam nas escolas desta quinta (12/03) até domingo (15/03). As novas datas serão divulgadas oportunamente. Também estão adiadas as inaugurações dos CEPIs Periquito e Bem-te-Vi, ambos em Samambaia, que ocorreriam nesta quinta-feira (12/03).
Estudantes e funcionários de escolas públicas e particulares do Distrito Federal que não acompanharam a publicação de suspensão das aulas na cidade encontram portões fechados na manhã desta quinta-feira (12/03).
Na Faculdade Unip, na 914 Sul, o universitário do 6° semestre de educação física Marcos Barbosa, 23 anos, foi à faculdade para se certificar de que não haveria aula. “Eu até recebi informações nas redes sociais, mas vim para ter certeza e me deparei com o comunicado na grade. Acredito que seja uma medida necessária e preventiva contra o coronavírus. Por isso, estou de acordo.”
O servidor público Ismael Soares, 45, foi levar a filha Clarisse Cunha, 10, aluna do 5° ano, ao colégio La Salle da 906 Sul, na manhã desta quinta-feira. “Ficamos estudando ontem a noite para uma prova que ela iria fazer hoje e não olhei as redes sociais nem acessei meu e-mail, mas a escola mandou o comunicado. Acredito que paralisar as escolas seja válido pela gravidade e velocidade com que a doença se propaga. Apesar de deixar a gente mais apreensivo, é para o bem. Esperamos que seja efetivo.
As opiniões se dividiram sobre a efetividade da medida. O aposentado José Ramos, 71, não vê necessidade de as aulas serem canceladas por causa do coronavírus, mas espera que a medida seja suficiente para evitar o contágio de outras pessoas. “No momento, acho que não seria preciso, mas não sou eu quem julgo”. Quem comemora é Pietro, que poderá voltar para cara e descansar. “Estou achando uma beleza”, diz.
A capital do país tem dois casos confirmados: uma mulher de 52 anos, que está internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e o marido dela, isolado em casa. A Universidade de Brasília (UnB) e o Instituto Federal de Brasília (IFB), por enquanto, seguem com as aulas normalmente.
Nessa quarta-feira (11/03), a Organização Mundial da Saúde (OMS) mudou a classificação das infecções e reconheceu como pandemia o avanço da doença Covid-19. A reclassificação ocorre horas após o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarar que a ameaça de uma pandemia do coronavírus se tornou “bastante real”. Até então, ele afirmava, em seguidos pronunciamentos, que a doença poderia ser contida.