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Suspeito de triplo homicídio deu machadada em idoso durante assalto

Caso ocorreu em Goiás, no ano passado, quando Lázaro Barbosa invadiu uma chácara e fez quatro idosos reféns

atualizado

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Triplo homicídio: Lázaro também agiu em Goiás
1 de 1 Triplo homicídio: Lázaro também agiu em Goiás - Foto: Reprodução

Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, suspeito do triplo homicídio no DF, é conhecido em Goiás também, onde vem praticando crimes com brutalidade desde o ano passado. Segundo a Polícia Civil goiana, em abril de 2020, ele invadiu uma chácara na região de Santo Antônio do Descoberto (GO), Entorno do DF, e fez quatro idosos reféns.

Um deles acabou levando uma machadada na cabeça e tem sequelas até hoje. Ele é procurado por tentativa de latrocínio neste caso. Na ocasião, usou arma branca e agrediu os reféns, levando os celulares, que posteriormente foram recuperados. O homem foi flagrado por câmeras de segurança na madrugada do dia 9 de abril do ano passado, ao deixar a propriedade (foto de destaque).

Lázaro Barbosa de Sousa é procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por matar três pessoas (um pai e dois filhos) na Fazenda Vidal, no Incra 9, na madrugada de quarta (9).

Triplo homicídio no DF

 

Segundo a Polícia Militar de Goiás (PMGO), Lázaro Barbosa de Sousa alega estar possuído por um espírito. Ele também teria dito que “vai levar o tanto de gente que puder”. Conforme o tenente Gerson de Paula, Lázaro seria integrante de uma seita.

As informações teriam sido dadas pelo próprio suspeito a vítimas de um outro assalto que ele realizou em Goiás, no mês passado, segundo o tenente. Na ocasião, levou armas e celulares. A PMGO reuniu uma força-tarefa nesta sexta-feira (11/6) para fazer varreduras em busca de Lázaro na região de Cocalzinho, Entorno do DF.

“Ele trabalhou em chácara, conhece muito a região. Se criou no mato”, afirma o tenente. “Acreditamos que ele ainda está por aqui.” A força local conta com 80 homens e 40 viaturas para a busca.

A corporação acredita, também, que o suspeito age com apoio. De acordo com o tenente Gerson, comandante do batalhão local, uma pessoa teria ido buscar Lázaro na região do Incra 8, nessa quinta (10), logo após ele incendiar um Palio roubado.

Veja fotos do local do crime na Fazenda Vidal:

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Outra foto de Lázaro, sem a barba
O maníaco morreu após entrar em confronto com a PMGO
Local do triplo homicídio, na Fazenda Vidal
Delegado Raphael Seixas
Casa da família Vidal
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Lázaro é suspeito de praticar o quádruplo homicídio e está sendo procurado

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Outra foto de Lázaro, sem a barba

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O maníaco morreu após entrar em confronto com a PMGO

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Local do triplo homicídio, na Fazenda Vidal

Material cedido ao Metrópoles
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Delegado Raphael Seixas

Luísa Guimarães/Metrópoles
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Casa da família Vidal

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Carlos Eduardo Marques Vidal

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Cláudio Vidal de Oliveira

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Gustavo Marques Vidal

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Cleonice Marques de Andrade

Buscas

Forte aparato policial foi montado para localizar o criminoso. Uma das vítimas da família Vidal segue desaparecida. Trata-se de Cleonice Marques, 43 anos. Lázaro Sousa matou Cláudio Vidal de Oliveira, 48; Gustavo Marques Vidal, 21; e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, marido e filhos de Cleonice.

O triplo homicídio chocou o Distrito Federal. Os corpos estavam em um quarto, um deles sobre a cama, e os outros dois, no chão. As vítimas foram encontradas com marcas de tiro e facadas.

A mulher foi levada pelo criminoso após o assassinato da família e continua desaparecida. A Divisão de Repressão ao Sequestro (DRS) presta apoio às investigações.

Cleonice conseguiu ligar para a família pedindo socorro ao ver que a porta da casa seria arrombada. Eles chegaram rapidamente ao local, 10 minutos depois. No entanto, Cleonice havia sido levada. Cláudio Vidal ainda estava vivo. Ele conseguiu informar que a esposa havia sido sequestrada, mas ele não sobreviveu.

Uma das hipóteses é de que Lázaro tenha invadido a casa para roubar os pertences da família. No entanto, ao ver que Cleonice pedia socorro pelo telefone, ele se apressou em deixar o local do crime.

O delegado-chefe da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), Raphael Seixas, disse que a digital de Lázaro foi identificada na cena do crime. Segundo o policial, celulares das vítimas estavam em casa. Porções de dinheiro também foram encontradas. Não há indícios de que algo foi levado da residência.

Personalidade violenta

Laudo psicológico feito no âmbito de um dos processos contra Lázaro constatou que o homem tem características de personalidade violenta, como agressividade, ausência de mecanismos de controle, dependência emocional, impulsividade e instabilidade emocional.

Ainda de acordo com os psicólogos que assinam o documento ao qual o Metrópoles teve acesso, o criminoso tem possibilidade de “ruptura do equilíbrio, preocupações sexuais e sentimentos de angústia”.

O autor, segundo os especialistas, teve o desenvolvimento psicossocial prejudicado devido a agressões familiares, uso abusivo de álcool e drogas, falecimento familiar, abandono das atividades escolares, trabalho infantil e situação financeira precária.

Veja imagens das buscas pelo foragido e por Cleonice:

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PM realiza buscas por autor do triplo homicídio no condomínio Monte Verde, em Ceilândia
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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Hugo Barreto/Metrópoles
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PM realiza buscas por autor do triplo homicídio no condomínio Monte Verde, em Ceilândia

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Tenente Gerson, da PMGO

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Carro incendiado por Lázaro em um dos assaltos

Gustavo Moreno/Especial para o Metrópoles
“Não foi só eu”

Horas após sair da casa da família Vidal, Lázaro ignorou o cerco policial na região e teria invadido duas outras propriedades. Na primeira, ele teria chegado por volta das 4h de quinta-feira (10/6). Segundo Sílvia Campos de Oliveira, 40, o assaltante falou que teria participado do triplo homicídio na Fazenda Vidal. Ela disse que o homem tem os mesmos traços de Lázaro.

“Ele perguntou se eu estava acompanhando o caso do triplo homicídio. E depois disse: ‘Aquele crime lá eu tava junto, mas não foi só eu’”, contou a mulher ao Metrópoles. Sílvia completou: “Falou que se a gente reagisse, faria o mesmo que fez com a outra família, que ele matou no Incra. Mandou a gente não fugir”.

Durante a fuga, ele invadiu outra chácara. Ao entrar na residência, Lázaro determinou que todos ficassem juntos, três adultos e três crianças, de 10, 6 e 3 anos. O assaltante perguntou se havia algum quarto com chave e mandou que todos se fossem para lá.

Na sequência, Lázaro perguntou sobre comida. A mulher informou que Lázaro a obrigou a cozinhar. A família permaneceu trancado no quarto enquanto ela fazia o jantar. O criminoso também pegou uma cerveja que estava na geladeira, bebeu e mandou que todos fizessem o mesmo.

Enquanto comia, ele falou: “Se vocês não reagirem, não vai acontecer nada. Vocês viram lá na tevê o que acontece, né? Não ia fazer nada, mas, lá, reagiram e deu merda”. Ao terminar a refeição, ele perguntou se havia cordas na propriedade. O caseiro confirmou, e o assaltante mandou que o funcionário buscasse.

Lázaro, então, levou o veículo, um Fiat Palio, além de cartões do banco e R$ 100 em espécie. Momentos depois, as vítimas foram informadas de que o veículo havia sido encontrado queimado.

Outros crimes

O suspeito é investigado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2 pelo crime de roubo seguido de estupro. Em 26 de abril, ele teria abordado uma mulher no Sol Nascente e a estuprou.

Segundo a polícia, ele morou no Sol Nascente e em Águas Lindas (GO), no Entorno do DF, mas atualmente não tem endereço fixo e trabalha como carroceiro. A polícia investiga se há participação de outras pessoas no triplo homicídio.

Há mandado de prisão contra ele na Bahia por homicídio e três condenatórios na Justiça do DF: dois roubos e um estupro.

Em 17 de maio, Lázaro invadiu outra casa da região, próxima ao local do crime da madrugada de quarta-feira. O modus operandi foi semelhante: ele entrou na casa com revólver e faca, amarrou a família e tirou as roupas deles. Só que, daquela vez, ninguém ficou ferido.

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