Suspeito de matar mãe e filha no DF se gabava da amizade com Lázaro
Segundo o delegado à frente do caso, Jeferson Barbosa, 25 anos, contava vantagem de ser amigo do maníaco que espalhou terror no DF e Entorno
atualizado
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O homem suspeito de matar mãe e filha em uma cachoeira na região do Sol Nascente, em dezembro passado, era amigo próximo de Lázaro Barbosa, acusado de espalhar terror e morte no DF e no Entorno. Segundo investigadores da 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), Jeferson Barbosa dos Santos, 25 anos, inclusive, se gabava da amizade que ele tinha com o maníaco, acusado de matar quatro pessoas em uma chácara no DF.
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Jeferson é considerado foragido da Justiça. A última vez que foi visto, estava no município de Luiz Eduardo Magalhães (BA), onde tem parentes. Ele teria deixado o Distrito Federal na companhia na mulher.
“Ele se gabava na região por ser amigo do Lázaro. Inclusive, eles moravam próximos um do outro”, pontuou o delegado Gustavo. “Ele, o irmão e o Lázaro eram conhecidos na região por diversas práticas de crimes, como roubo, furto entre outros”, explica.
Duas testemunhas foram cruciais para os investigadores chegaram até o nome de Jeferson. Foi com base no depoimento delas que os policiais o identificaram como suspeito de ter matado Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e da filha dela, Tauane Rebeca da Silva, de 14. A mãe estava grávida de 4 meses.
“Nos colhemos elementos de prova. São testemunhas que verificaram a presença do Jeferson na região. Ele teria descido para a região do Córrego das Corujas e ido para a cachoeira da morte, por volta de 14h. O crime teria ocorrido no final da tarde. E ele não retornou pelo local que sempre fazia. Ele tinha um itinerário. Sempre descia e voltava. E nesse dia, ele desceu e não voltou”, afirmou o delegado Gustavo.
Após localizar duas testemunhas, os investigadores conseguiram mais informações com o irmão do acusado. “Ele conseguiu falar com o Jeferson, o qual teria lhe confessado a participação no crime”, completou Gustavo. Segundo o delegado Peralva, a polícia não descarta a participação de um possível coautor no crime.
“Nós não descartamos a possibilidade de haver um coautor, até em razão da dinâmica da execução do crime. Já que se tratam de duas vítimas. É possível que ele tenha praticado sozinho? É possível. Mas também não descartamos que alguém o tenha ajudado, que alguém estivesse com ele no momento da execução do crime”, explicou Peralva.
“O que nós temos é: o Jeferson estava no local do crime na hora do crime”, ressaltou o delegado Peralva. No dia, o tempo estava chuvoso. “O córrego estava completamente deserto. Ninguém desceu no córrego, a não ser o Jeferson. Isso está comprovado por prova testemunhal”, completou.
Segundo o delegado, Jeferson dizia que costumava “se dar bem com mulheres no córrego”. De acordo com a polícia, o acusado teria fugido com a esposa para a Bahia, estado onde o suspeito tem familiares. O último local que ele teria passado seria o município de Luiz Eduardo Magalhães.
Além do apoio da Polícia Civil da Bahia, os investigadores também contam com a ajuda da população para localizar o foragido. E a Justiça já emitiu autorização para a prisão temporária de Jeferson, caso ele seja encontrado.
“Reza por mim”
Natural do município de Bom Jesus, no Piauí, Jeferson Barbosa saiu do Distrito Federal acompanhado da mulher com a justificativa de que iria passar o Natal na Bahia.
Após alguns dias, ele entrou em contato com o irmão, que mora na capital federal, e pediu oração. Disse “reza por mim” e voltou a ficar incomunicável.
O homem tem passagem pela polícia do DF por lesão corporal e já foi vítima de tentativa de latrocínio. Agora, ele foi indiciado por homicídio, aborto – uma vez que Shirlene estava grávida e perdeu o bebê – e ocultação de cadáver.
Barbosa morava próximo ao Córrego da Coruja, onde os corpos foram encontrados cobertos por folhas. O autor trabalhava com o irmão como carroceiro e catador de material reciclável.
Denuncie
Quem tiver informações sobre a localização do criminoso pode entrar em contato com a Polícia Civil. As denúncias podem ser feitas pelo canal on-line pcdf.df.gov.br ou pelo Disque-Denúncia (197). A ligação é gratuita e anônima.