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Suspeito de matar mãe e filha no DF se gabava da amizade com Lázaro

Segundo o delegado à frente do caso, Jeferson Barbosa, 25 anos, contava vantagem de ser amigo do maníaco que espalhou terror no DF e Entorno

atualizado

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Arquivo pessoal
JEFERSON BARBOSA DOS SANTOS
1 de 1 JEFERSON BARBOSA DOS SANTOS - Foto: Arquivo pessoal

O homem suspeito de matar mãe e filha em uma cachoeira na região do Sol Nascente, em dezembro passado, era amigo próximo de Lázaro Barbosa, acusado de espalhar terror e morte no DF e no Entorno. Segundo investigadores da 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), Jeferson Barbosa dos Santos, 25 anos, inclusive, se gabava da amizade que ele tinha com o maníaco, acusado de matar quatro pessoas em uma chácara no DF.

PCDF identifica homem que executou a facadas mãe e filha em mata do DF

Jeferson é considerado foragido da Justiça. A última vez que foi visto, estava no município de Luiz Eduardo Magalhães (BA), onde tem parentes. Ele teria deixado o Distrito Federal na companhia na mulher.

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 Shirlene Ferreira da Silva, de 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14 anos, desapareceram no dia 9 de dezembro, após saírem para tomar banho em um córrego no Sol Nascente. Shirlene estava grávida de 4 meses
A última pessoa a ter contato com as duas foi Lucas, 12 anos, filho caçula da mulher
Assim que seu pai, Antônio Batista, chegou do trabalho, o menino o alertou sobre o sumiço das familiares. Segundo o relato do jovem, a mãe pegou mochila, toalha amarela listrada, guarda-chuva e biscoito, e saiu com a irmã dele para o córrego, mas as duas não retornaram
Após contatar a família e não obter retorno quanto ao paradeiro da esposa e filha, Antônio Batista, marido de Shirlene, acionou os bombeiros. As buscas começaram no mesmo dia
No entanto, somente em 11 de dezembro, terceiro dia de investigação, a primeira pista surgiu. Segundo os bombeiros, cães encontraram chinelo e um guarda-chuva que, de acordo com Antônio, pertenciam às vítimas
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Shirlene Ferreira da Silva, de 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14 anos, desapareceram no dia 9 de dezembro, após saírem para tomar banho em um córrego no Sol Nascente. Shirlene estava grávida de 4 meses

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A última pessoa a ter contato com as duas foi Lucas, 12 anos, filho caçula da mulher

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Assim que seu pai, Antônio Batista, chegou do trabalho, o menino o alertou sobre o sumiço das familiares. Segundo o relato do jovem, a mãe pegou mochila, toalha amarela listrada, guarda-chuva e biscoito, e saiu com a irmã dele para o córrego, mas as duas não retornaram

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Após contatar a família e não obter retorno quanto ao paradeiro da esposa e filha, Antônio Batista, marido de Shirlene, acionou os bombeiros. As buscas começaram no mesmo dia

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No entanto, somente em 11 de dezembro, terceiro dia de investigação, a primeira pista surgiu. Segundo os bombeiros, cães encontraram chinelo e um guarda-chuva que, de acordo com Antônio, pertenciam às vítimas

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O quarto dia de buscas foi marcado pela informação de que Shirlene e a filha estariam em uma igreja em Samambaia, o que chegou a interromper a procura. Como a informação não se confirmou, as buscas foram retomadas

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Devido ao clima chuvoso e ao difícil acesso ao local, as buscas precisaram ser interrompidas por diversas vezes

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Em 14 de dezembro, sexto dia de busca, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu nova linha de investigação e passou a trabalhar com a hipótese de as duas terem fugido para o Piauí, terra natal de Shirlene

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Após oito dias e sem qualquer pista sobre o paradeiro de mãe e filha, os bombeiros encerraram a procura e as investigações ficaram apenas com a Polícia Civil do DF

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Em 18 de dezembro, no entanto, uma testemunha ocular informou à polícia que viu Shirlene e a filha descendo para o córrego. Com isso, as buscas foram retomadas

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Em 20 de dezembro, 11 dias após o desaparecimento, a PCDF encontrou os corpos das vítimas, cobertos por folhas, às margens do córrego

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A região onde os corpos foram encontrados é a mesma onde Cleonice Marques de Andrade, uma das vítimas de Lázaro Barbosa, foi morta pelo maníaco que aterrorizou o DF e o Entorno, em junho

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À época, a PCDF cogitou a possibilidade de que Shirlene e a filha poderiam ter sido vítimas de latrocínio, já que a mochila que elas levavam não foi encontrada

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Perto dos corpos das vítimas foi encontrada uma camiseta cinza que não pertencia a elas. O objeto foi enviado para o Instituto de Criminalística da PCDF

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De acordo com a polícia, os cadáveres estavam em avançado estado de decomposição. A corporação realizou perícia nos corpos e na área

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“Ele se gabava na região por ser amigo do Lázaro. Inclusive, eles moravam próximos um do outro”, pontuou o delegado Gustavo. “Ele, o irmão e o Lázaro eram conhecidos na região por diversas práticas de crimes, como roubo, furto entre outros”, explica.

Duas testemunhas foram cruciais para os investigadores chegaram até o nome de Jeferson. Foi com base no depoimento delas que os policiais o identificaram como suspeito de ter matado Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e da filha dela, Tauane Rebeca da Silva, de 14. A mãe estava grávida de 4 meses.

“Nos colhemos elementos de prova. São testemunhas que verificaram a presença do Jeferson na região. Ele teria descido para a região do Córrego das Corujas e ido para a cachoeira da morte, por volta de 14h. O crime teria ocorrido no final da tarde. E ele não retornou pelo local que sempre fazia. Ele tinha um itinerário. Sempre descia e voltava. E nesse dia, ele desceu e não voltou”, afirmou o delegado Gustavo.

Após localizar duas testemunhas, os investigadores conseguiram mais informações com o irmão do acusado. “Ele conseguiu falar com o Jeferson, o qual teria lhe confessado a participação no crime”, completou Gustavo. Segundo o delegado Peralva, a polícia não descarta a participação de um possível coautor no crime.

“Nós não descartamos a possibilidade de haver um coautor, até em razão da dinâmica da execução do crime. Já que se tratam de duas vítimas. É possível que ele tenha praticado sozinho? É possível. Mas também não descartamos que alguém o tenha ajudado, que alguém estivesse com ele no momento da execução do crime”, explicou Peralva.

“O que nós temos é: o Jeferson estava no local do crime na hora do crime”, ressaltou o delegado Peralva. No dia, o tempo estava chuvoso. “O córrego estava completamente deserto. Ninguém desceu no córrego, a não ser o Jeferson. Isso está comprovado por prova testemunhal”, completou.

Segundo o delegado, Jeferson dizia que costumava “se dar bem com mulheres no córrego”. De acordo com a polícia, o acusado teria fugido com a esposa para a Bahia, estado onde o suspeito tem familiares. O último local que ele teria passado seria o município de Luiz Eduardo Magalhães.

Além do apoio da Polícia Civil da Bahia, os investigadores também contam com a ajuda da população para localizar o foragido. E a Justiça já emitiu autorização para a prisão temporária de Jeferson, caso ele seja encontrado.

“Reza por mim”

Natural do município de Bom Jesus, no Piauí, Jeferson Barbosa saiu do Distrito Federal acompanhado da mulher com a justificativa de que iria passar o Natal na Bahia.

Após alguns dias, ele entrou em contato com o irmão, que mora na capital federal, e pediu oração. Disse “reza por mim” e voltou a ficar incomunicável.

O homem tem passagem pela polícia do DF por lesão corporal e já foi vítima de tentativa de latrocínio. Agora, ele foi indiciado por homicídio, aborto – uma vez que Shirlene estava grávida e perdeu o bebê – e ocultação de cadáver.

Barbosa morava próximo ao Córrego da Coruja, onde os corpos foram encontrados cobertos por folhas. O autor trabalhava com o irmão como carroceiro e catador de material reciclável.

Denuncie

Quem tiver informações sobre a localização do criminoso pode entrar em contato com a Polícia Civil. As denúncias podem ser feitas pelo canal on-line pcdf.df.gov.br ou pelo Disque-Denúncia (197). A ligação é gratuita e anônima.

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