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Suspeito de estuprar mulher mandou imagens do crime para a irmã dela

A vítima contou que havia tomado remédio para dormir e ao acordar viu marcas de tapas e mordidas nas costas

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Violência contra a mulher
1 de 1 Violência contra a mulher - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Uma mulher de 36 anos foi estuprada, agredida pelo parceiro e teve fotos do momento do crime enviadas para a irmã dela via aplicativo de mensagem. O caso ocorreu no Riacho Fundo I, no final de setembro.

Ao Metrópoles, a vítima, que terá a identidade preservada, contou que, no dia do abuso, havia rejeitado relações com o parceiro. Em seguida, tomou um remédio controlado e dormiu profundamente. Ao acordar pela manhã, percebeu marcas no corpo.

“Havia mordidas nas minhas costas; tapas na bunda, que estava quase ensanguentada”, relata. “No outro dia, quando peguei o meu celular, vi que ele havia tirado fotos do ato e enviado para a minha irmã, para si mesmo e não sei mais quem”, recorda.

A mulher diz não se lembrar de nada, uma vez que estava medicada. Ao entender a gravidade, registrou um boletim de ocorrência na 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo I) e foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito.

O ex-casal se conheceu pelas redes sociais e, desde o início, teve um relacionamento conturbado. Por 10 meses, a vítima sofreu violência psicológica do suspeito. Ele escondia as chaves de casa para que ela não saísse; frequentemente ia ao trabalho dela para vigiá-la, impedia que ela visse os pais, excluía números do celular dela e, ainda, saía de grupos dos quais a ex-namorada participava.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) concedeu à mulher o direito à medida protetiva. Hoje, o agressor precisa manter uma distância mínima de 200 metros da jovem e está proibido de contatá-la por qualquer meio de comunicação ou de frequentar o prédio, local de residência e trabalho da vítima, mesmo na ausência dela.

De acordo com o entendimento da juíza Fabriziane Figueiredo, o fato de a mulher ter relatado violências anteriores e existir um quadro de agravamento do conflito no relacionamento, torna necessária a medida de afastamento.

“Entendo que a retirada do ofensor do lar é medida urgente, pois, mantê-lo na residência e intimá-lo da determinação da requerente, certamente poderá acentuar a ira do requerido em relação à vítima, com grande risco de que pratique violência maior contra a vítima, ainda mais em se considerando as circunstâncias narradas”, ressalta a juíza.

De acordo com a jovem, a denúncia é importante para fazer com que o ciclo de violência contra a mulher acabe. “Existe uma falta de consciência das próprias mulheres em virtude do medo e receio de não serem apoiadas ou serem desacreditadas. Por esse motivo, é importante denunciar e não se calar, pois assim a gente encoraja outras vítimas a se manifestar”, afirmou a mulher.

Uma investigação foi aberta e um inquérito instaurado contra o suspeito, que ainda será ouvido.

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