metropoles.com

Suspeita de pagar propina para retirar multa no DER é alvo do MPDFT

Foram apreendidos celular, uma via do auto de infração e outra do extrato do etilômetro, com a informação da recusa de fazer o bafômetro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Giovanna Bembom/Metrópoles
DER
1 de 1 DER - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), com o apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope/PMDF), deflagrou neste sábado (31/08/2019) a segunda fase da Operação Trânsito Livre. Desta vez, foi cumprido mandado de busca e apreensão na residência de uma condutora que teria pago propina para retirada de multa e devolução de carteira de motorista (CNH) apreendida por infração ao Código de Trânsito Brasileiro a servidor do Departamento de Estradas e Rodagens (DER).

Durante as buscas, foram apreendidos um celular, uma via do auto de infração e outra do extrato do etilômetro, com a informação da recusa a se submeter ao teste do bafômetro.

De acordo com as apurações após a prisão de investigados na 1ª fase da operação, a motorista teria combinado que destruiria a via do auto de infração, não inserido no sistema do DER-DF em razão do pagamento de propina. Segundo os promotores de Justiça do Gaeco, há indícios de crime de corrupção ativa. O nome da mulher não foi divulgado.

A investigação apontou que pelo menos 10 pessoas teriam pago cerca de R$ 1,5 mil para terem multas reduzidas ou canceladas e as carteiras de habilitação apreendidas de volta.

Na primeira fase da operação, deflagrada em 28/08/2019, foram cumpridos mandados de prisão preventiva contra três investigados: o servidor do DER Alex Fabiano Silva; a mulher dele, Iana Bittencourt Silva; e o comissionado da Secretaria de Segurança Expedito Pereira de Oliveira. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão no edifício sede do DER e nas residências dos alvos da diligência.

As apurações indicam esquema de corrupção que envolveria, mediante cobrança de propina, a retirada de multas e a devolução de carteiras de habitação (CNHs) apreendidas. A atuação do grupo criminoso ocorreria de forma concatenada e cada integrante desempenharia papel específico para o desencadeamento dos crimes.

O primeiro passo envolveria contato com a pessoa autuada pelo órgão – que, na maioria dos casos, teve a carteira de motorista retida. O criminoso se identificaria como servidor do DER/DF e, durante a conversa, ofereceria a possibilidade de não inserir a multa no sistema, de destruir a infração recebida e de, finalmente, devolver a CNH. Em troca, os infratores solicitariam propina correspondente à metade do preço da multa aplicada.

Durante vários meses, o Gaeco realizou ação controlada para acompanhar os encontros entre os investigados e os autuados, bem como para registrar os crimes ocorridos, em especial o momento do pagamento da propina.

Segundo o diretor-geral do DER-DF, Fauzi Nacfur, os investigadores suspeitam da participação de outros funcionários. Alex Fabiano trabalha no serviço de guincho. E, portanto, não teria acesso ao sistema de talonário das multas. Contudo, até o momento, outros nomes não foram revelados. “Recebemos a primeira denúncia. É nossa obrigação abrir PAD ou sindicância. E assim fizemos. Agora, se novos funcionários forem denunciados poderão ser investigados neste processo ou em outro”, assinalou. (Com informações do MPDFT)

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?