Sujo e com falta de máscaras, hospital público fica superlotado no DF
Segundo profissionais de saúde, cenário é de guerra e há risco para o atendimento dos pacientes. Problema é piorado por greve
atualizado
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Sujo e com de falta máscaras e itens de limpeza, o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) sofreu também com superlotação de pacientes nesta terça-feira (14/09).
Segundo profissionais de saúde, diversos pontos do HRT estavam sujos, incluindo os banheiros. Muitos classificaram a situação como um “cenário de guerra”, inclusive na UTI Covid.
Profissionais de saúde não contavam com papel higiênico, papel toalha e até máscara. Desde a semana passada, alguns fizeram vaquinha para comprar máscaras de proteção contra a Covid-19, gastando R$ 112,49.
Veja imagens:
Pelo diagnóstico dos profissionais de saúde, o excesso de sujeira e a falta de itens de limpeza, como papel toalha, comprometeu a qualidade do tratamento dos pacientes.
Greve
Com salários atrasados, 2.200 terceirizados contratados para fazer a limpeza dos hospitais públicos estão de greve, nesta quarta-feira (14/09). O salário base dos trabalhadores é de R$ R$1.287,96.
Segundo a categoria, os atrasos estão sendo crônicos. “Até quando os trabalhadores terceirizados na limpeza da rede pública de Saúde vão receber os salários atrasados?”, questionou a presidente do Sindiserviços-DF, Maria Isabel.
Há também atraso no pagamento dos salários dos terceirizados contratados para o serviço de vigilância dos hospitais. Aproximadamente, 3 mil trabalhadores estão sendo prejudicados.
Outro lado
Segundo a Secretaria de Saúde, o governo prevê efetuar os pagamentos da vigilância e limpeza nesta quarta-feira (15/9). No caso a limpeza, a expectativa é depositar os salários ainda nesta semana.
Sobre a situação do HRT, a pasta prometeu apurar a questão. A pasta prometeu adotar medidas para evitar a repetição dos problemas.
“A Secretaria de Saúde espera que as empresas de vigilância e limpeza garantam a plena prestação dos serviços para que não haja prejuízo para a saúde pública, e não sejam gerados transtornos e desconfortos para a população e os profissionais de saúde”, comentou a pasta, nota enviada ao Metrópoles.