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STJ nega pedido e mantém prisão preventiva de pastor do golpe

A ministra Maria Thereza de Assis Moura indeferiu o pedido de Habeas Corpus, pois entendeu que o TJDFT ainda não analisou a questão

atualizado

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1 de 1 pastor-stj - Foto: Reprodução

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a prisão preventiva de pastor acusado de aplicar golpes financeiros pela internet. Conhecido como pastor do golpe, o goiano Paulo Roberto Salomão foi preso ao apresentar, em uma agência bancária de Brasília, crédito falso de aproximadamente R$ 17 bilhões.

A defesa de Paulo Roberto alegou, no pedido de habeas corpus, ausência de justificativa concreta para a manutenção da prisão, além da possibilidade de substituição da medida por outras cautelares mais brandas.

Vídeo do pastor Paulo Roberto Salomão no YouTube

A ministra Maria Thereza de Assis Moura destacou que o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) ainda não analisou o mérito do habeas corpus impetrado no tribunal, motivo pelo qual o STJ não poderia examinar o pedido no momento.

Em relação ao argumento de falta de fundamentação da prisão, a ministra destacou que, segundo o TJDFT, a medida é necessária como forma de garantir a manutenção da ordem pública. O tribunal apontou, além da gravidade das acusações, indícios de que os golpes teriam sido aplicados em vários estados brasileiros.

Relembre o caso

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o religioso faria parte de uma organização criminosa e  atuava como influencer nas redes sociais. Ele tinha milhares de seguidores no YouTube, onde oferecia “bênçãos” mediante o pagamento. Segundo as investigações, o pastor convencia as vítimas a não mencionar os fatos aos familiares, sob pena de não terem o retorno prometido.

Ele publicava, diariamente, de dois a três vídeos em seu canal no YouTube para atrair novos seguidores e convencer as vítimas de que o retorno financeiro do suposto investimento estaria próximo de ser liberado. “Esse dia nunca chega, gerando sofrimento, angústia, depressão e rompimento familiares, além do prejuízo de milhares de reais”, explicou o delegado.

Nas imagens, o golpista ainda informava que possuía informações privilegiadas de dentro do mercado financeiro nacional e internacional. No entanto, mesmo estabelecendo um prazo, nada acontecia. Como justificativa, os suspeitos alegavam bloqueios judiciais ou até mesmo novos sistemas quânticos bancários.

Salomão também aproveitava para vender um milagroso chá que curaria todos os problemas. Além do canal no YouTube, ele estaria usando a rede social Telegram como instrumento na prática dos crimes.

 

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