SSP-DF sobre ameaças de ataque em escolas dia 20/4: “Atenção especial”
Com proximidade de data em que ocorreu massacre fatídico em escola dos EUA, Segurança do DF reforçou monitoramento de instituições de ensino
atualizado
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O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar (foto em destaque), afirmou, nesta quinta-feira (13/4), haver uma programação “especial” por parte das forças de segurança diante das ameaças de ataques em escolas para a próxima quinta-feira (20/4). Apesar dos avisos, o chefe da pasta tranquilizou quanto a eventuais riscos.
“Infelizmente, criou-se essa data, em virtude de um atentado no exterior; por isso, existe uma atenção especial [à ocasião] em todas as escolas. Mas, no dia 20, em especial, a Polícia Militar do DF se prepara para desencadear um grande trabalho, em razão do mito que se criou em torno do dia”, detalhou Sandro Avelar.
A data faz alusão ao fatídico massacre cometido em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999. Dois alunos do colégio alvo do atentado mataram outros 12 estudantes e uma professora. No Brasil, o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça, registrou grande circulação de mensagens nas mídias sociais com conteúdo de violência referente a 20 de abril.
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (13/4), o secretário de Segurança e a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, anunciaram um plano de segurança para escolas do Distrito Federal. Entre as ações divulgadas estão: reforço do efetivo do Batalhão de Policiamento Escolar (BPesc); criação de novos canais de denúncia; além de otimização do uso dos carros das corporações.
Na ocasião, o secretário Sandro Avelar também falou a respeito da autorização da SSP-DF para contratar policiais temporariamente. A medida visa ampliar a segurança e coibir a violência em 1,6 mil escolas privadas e particulares, além de creches, faculdades e universidades.
No entanto, por questões de segurança, segundo o secretário, a pasta não divulgará a quantidade de servidores nem como devem atuar nos colégios. Até o momento, não há data para chegada do efetivo, mas os militares convocados serão da reserva e voluntários.
Vigilantes em colégios
Em relação aos vigilantes que atuam nas instituições de ensino, a secretária de Educação informou que a rede pública conta com 3.201 profissionais, entre concursados e terceirizados, que atuam em 700 colégios. A proposta, incialmente, é de promover rearranjos nesse quadro, antes de fazer eventuais novas contratações.
“Quando retornamos às aulas presenciais no pós-pandemia, a Secretaria de Educação se deparou com episódios de violência escolar. Desde então, temos atuado fortemente nas escolas com a cultura de paz”, declarou Hélvia Paranaguá.
Os secretários enfatizaram que o plano deve ter participação de toda a comunidade escolar e convidaram as famílias a acompanharem de perto os estudantes. “Os pais, por favor, vistoriem as mochilas dos filhos. Esperamos poder compartilhar com os esforços das famílias”, pontuou Sandro Avelar. “Fazemos um trabalho conjunto, no sentido de transmitir paz e segurança. Embora a gente perceba a preocupação, é preciso que a população entenda que todos os esforços têm sido feitos.”
Diante das ameaças recentes, o Governo do Distrito Federal (GDF) criou novos canais de denúncia sobre casos de violência em instituições de ensino.
Confira: