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Som de fogos de artifício teria causado ataque de abelhas no Lago Sul

Quinze cachorros morreram após jogo do Brasil contra o México, nessa segunda. “Só o que eu fiz foi chorar”, contou Marise, dona dos animais

atualizado

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1 de 1 WhatsApp-Image-2018-07-02-at-21.55.16-11 - Foto: Igo Estrela/Especial para o Metrópoles

O barulho de fogos de artifício disparados por moradores do Lago Sul em comemoração ao jogo vitorioso da Seleção Brasileira contra o México pela Copa do Mundo, seguido dos latidos dos cachorros da raça yorkshire terrirer, teria causado um ataque de abelhas na tarde de segunda-feira (2/7). O caso foi registrado no Conjunto 10 da QI 11 do bairro nobre da capital. No total, 15 cães morreram, segundo a criadora, a servidora do Distrito Federal aposentada Marise Castilho Ferreira.

Marise tinha saído para assistir ao jogo da Copa na casa do filho. Quando voltou, já encontrou alguns animais mortos. Para ela, a perda dos cachorrinhos é uma fatalidade. “Só o que eu fiz foi chorar. Cuido de cachorro desde que nasci. Foi uma coisa horrorosa. Ainda estou passada”, lamentou. A aposentada conta que tem uma criação própria. “Eu tenho por eles amor de mãe”, afirmou.

Embora tenha sido acionado por volta das 14h30, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) só retirou os insetos à noite. Durante o dia, as abelhas ficam agitadas, de acordo com o sargento Raimundo Silva, que atuou na ocorrência.

A colmeia estava numa passagem de águas pluviais na casa 12, ao lado da residência onde viviam os cães. “As abelhas já deveriam estar ali há cerca de um ano. É muito difícil notar a presença delas porque ficam em local fechado. Hoje, ficaram agitadas e as pessoas notaram. Podem ter sido os fogos, que assustaram o cachorros, os primeiros atacados”, explicou Silva.

Para remover os insetos e fazer o resgate dos cães, os bombeiros tiveram de usar roupas especiais. De acordo com o chefe do Serviço Operacional de Informações Públicas do CBMDF, major Lourival Correia, abelhas têm por hábito só atacar quando se sentem ameaçadas.

“Não se pode jogar pedra ou tentar espantar. Nesses casos, sempre acione o Corpo de Bombeiros. E, se o ataque ocorrer, a recomendação é tentar proteger principalmente o rosto, pois é a região do corpo mais sensível para quem tem alergia”, alertou o oficial.

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O caso ocorreu no Conjunto 10 da QI 11
A colmeia só foi retirada à noite, pois durante o dia os insetos ficam agitados, segundo o sargento Raimundo Silva
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Outras pessoas foram atacadas

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O caso ocorreu no Conjunto 10 da QI 11

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A colmeia só foi retirada à noite, pois durante o dia os insetos ficam agitados, segundo o sargento Raimundo Silva

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Confira relato do sargento do CBMDF Raimundo Silva, que atuou na ocorrência:

 

As abelhas voaram em uma raio de 100m para atacar, segundo o sargento Márcio Rodrigues. Duas pessoas também foram picadas, mas não precisaram ser transportadas para unidade de saúde. Uma das vítimas foi Maria da Conceição Benício Rodrigues, 64 anos, que mora com Marise.

A idosa conta ter salvado os quatro cachorros sobreviventes ao jogá-los em uma gaiola e protegê-los com um cobertor. “Quando cheguei no canil, vi as abelhas em cima de mim. Parecia milho”, lembra.

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Bombeiros foram acionados para ocorrência
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Bombeiros tiveram que usar roupas especiais para remover cães e abelhas do local

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Divulgação/Corpo de Bombeiros
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Bombeiros foram acionados para ocorrência

Divulgação/CBMDF

Casos comuns
Com base no Relatório Epidemiológico de Agravos de Notificação Compulsória, produzido pela Diretoria de Vigilância Sanitária do DF, ataques dessa natureza são comuns na capital do país. O estudo mostra que em 2016 foram registrados 79 casos. Ocorreram dois óbitos de pessoas nos últimos 15 anos em decorrência de episódios como o ocorrido nessa segunda (2): um em 2014 e outro em 2015.

Planaltina era a cidade com mais notificações: 36. Depois, apareceram Ceilândia e Sudoeste, com 14 e sete casos registrados, respectivamente, de acordo com o documento da Vigilância Sanitária. (Colaborou Saulo Araújo)

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