Doutoranda com doença rara precisa de R$ 60 mil para tratamento
Anna Karolyne convive com dores fortes que nem mesmo a aplicação de morfina resolve
atualizado
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O sonho que Anna Karolyne Nogueira, 28 anos, tem de se tornar doutora foi interrompido em 2016, devido a uma doença genética que provoca uma dor incapacitante. Até mesmo os medicamentos mais fortes, como a morfina, não fazem mais efeito para devolver à doutoranda a capacidade de concluir as tarefas do dia a dia.
Natural de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, Anna Karolyne se graduou em engenharia florestal, é mestre em agronomia e cursava um doutorado em ciência do solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Agora, ela precisa de R$ 60 mil para arcar com os custos do tratamento, que envolve cirurgia, um aparelho neuromodulador e o pós-operatório. Os tios de Ana, que vinham juntando dinheiro para uma festa de bodas de prata, desistiram de uma cerimônia de gala para garantir a cobertura de parte do valor do tratamento.
Depois de passar por diversos médicos, sem diagnóstico, foi um neurocirurgião de Brasília, Luiz Cláudio Modesto, quem descobriu que Anna Karolyne tinha uma dor neuropática refratária.
Em resumo, a doença genética tornou a estudante muito mais sensível à dor do que as outras pessoas. A situação piorou depois de ela se submeter a uma cirurgia de hérnia na região pélvica. “A sensação que tenho é de que está queimando em carne viva”, conta.
Apaixonada pelos estudos e acostumada a estar entre os livros, Ana está com dificuldade até mesmo em se manter de pé. E atividades rotineiras, como ir ao mercado, têm sido evitadas, pois ela não consegue caminhar por muito tempo.
Se nem mesmo medicações pesadas têm resolvido as dores da estudante, a esperança dela é conseguir implantar o neuromodulador – um aparelho conectado à medula e com controle remoto externo que envia pulsos elétricos para controlar a dor.
Um teste de oito dias, realizado com um equipamento semelhante, foi a única solução que conseguiu trazer conforto para a doutoranda, mas ela teve de retirar o modulador e, agora, aguarda um definitivo, com duração de até 12 anos.
“Acredito que conseguiremos comprar o sistema de neuromodulação mais rápido para que eu possa fazer a cirurgia logo, retomar o caminho da minha vida, reconquistar minha liberdade, voltar para o meu doutorado e me tornar a pesquisadora que eu sempre sonhei”, confia.
Doações podem ser feitas diretamente na conta da estudante:
Banco do Brasil
Agência: 1589-X
Conta Corrente: 18456-X
CPF: 030.457.391-48
Anna Karolyne da Silva Nogueira