Contra coronavírus, ONG faz isolamento entre dependentes químicos
Salve a Si abriga 130 dependentes químicos e investiu em equipamentos e materiais de proteção para resguardar pacientes na pandemia
atualizado
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A comunidade terapêutica Salve a Si criou um protocolo de quarentena para abrigar dependentes químicos durante a pandemia do novo coronavírus. Atualmente, a casa trata 130 homens com idades entre 18 e 70 anos.
Como a aglomeração configura fator de risco para que ocorra contágio pela doença, a comunidade decidiu isolar novos pacientes dos demais.
Na última semana, a casa recebeu 12 novos internos. Os homens ficam isolados em três quartos com sete beliches e 14 colchões até que o período de isolamento de 14 dias expire.
“Somos a única instituição do Centro-Oeste a instalar o protocolo, porque requer equipe técnica, estrutura física, equipamentos de proteção e material de limpeza industrial próprio para protegê-los”, explica o fundador, Henrique França.
Na Salve a Si, pacientes tem direito a cinco refeições diárias, além de abrigo e respaldo médico. “Estamos em contato direto com a Secretaria de Saúde para, caso alguém apresente algum sintoma, seja consultado. Assim, evitaremos o contágio” afirma.
França diz ainda que, por se tratar de entidade sem fins lucrativos, a Salve a Si depende de doações para financiar o trabalho voluntário. “Fazemos por amor, é por amor que a gente cuida deles há 12 anos. São 25 pessoas trabalhando, todos os dias, nessa missão”.
Os interessados em ajudar com o projeto que, hoje, abriga 130 dependentes químicos do Distrito Federal podem ajudar com doações. Informações sobre transferência bancária podem ser encontradas aqui. A Salve a Si fica na Cidade Ocidental (GO), mas 90% dos pacientes são do DF.