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Soldado da PM resgata criança que estava perdida nas ruas do DF

Sozinho, chorando e descalço, menino foi escoltado por policiais até local onde os pais estavam

atualizado

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soldado segura a mão de criança
1 de 1 soldado segura a mão de criança - Foto: Reprodução

O que deveria ser uma patrulha normal se transformou numa missão de resgate para a soldado Vanessa Ferreira, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Enquanto fazia rondas pelas ruas do Itapoã, ela avistou uma criança sozinha e chorando, na rua.

“Ela estava na calçada, chorando, agoniada, descalça. Tinha acabado de chover, vê-la naquela situação me deu uma sensação muito ruim”, narra a militar. Era um menino de 3 anos de idade.

A policial parou e perguntou com quem o pequeno estava, mas ele não soube responder. “Ele estava com medo da viatura, não respondia às perguntas direito, mas fui brincando com ele e logo ele me deu mais liberdade”, afirma Vanessa. Depois de conquistar a confiança da criança, o próprio menino conduziu os policiais até o local onde os pais estavam.

A criança foi encontrada pela polícia na Quadra 318 do Itapoã, e ela conduziu os policiais até a Quadra 49, onde os pais estavam. Durante todo o trajeto, o pequeno segurou a mão da soldado. “Ele não quis entrar na viatura porque estava com medo, fiquei abismada de ele saber todo o trajeto, é longe. Ele ia apontando as ruas pra gente, e nós confiamos”, completa a militar.

Veja como foi o resgate:

“Foi Deus que nos colocou ali”

Para a heroína do dia, o pequeno, que os militares descobririam mais tarde se chamar Felipe, teve sorte de ser encontrado primeiro pelos policiais.

“Graças a Deus, foi a gente que achou, Deus que colocou a gente ali. Se essa criança fosse encontrada por alguém que não tivesse bom coração, podia fazer algum mal. Ou então, ali [onde a criança estava] tem muito movimento de carros, ela podia ser atropelada”, pondera a policial.

A criança conduziu os policiais até o local onde os pais estavam, que segundo a militar é um ponto conhecido por organizar bingos na região. “Batemos e logo saiu o pai da criança, e depois a mãe, que o menino correu pra abraçar”, narra.

Aos policiais, os pais do pequeno informaram que o menino estava com a tia, na casa deles, enquanto ambos saíram. “Entramos em contato com a DP [Delegacia de Polícia] e a tia já estava no local. Ela falou que foi tomar banho e não viu quando a criança saiu de casa”, disse Vanessa. Ao sair do banho, a tia deu conta do sumiço do menino, ligou para os pais dele e acionou a polícia.

Na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), responsável pela região, o delegado informou que não caberia o registro de ocorrência como abandono de incapaz, já que não houve intenção de abandonar a criança.

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