Sócia do Iate aciona Justiça para poder alimentar gatos do clube
Associada cuida, desde 2017, de 48 felinos que moram no local, mas tem sido impedida pela quarentena contra o coronavírus
atualizado
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Uma associada do Iate Clube de Brasília acionou a Justiça após ser impedida de entrar no local para alimentar uma gatos que moram no clube.
De acordo com a advogada da ação, Ana Paula Vasconcelos, são 48 felinos vivendo no local que dependem de comida e água fornecidas pela associada. A mulher cuida dos animais desde 2017.
No entanto, devido às medidas adotadas pelo Executivo local para frear o crescimento vertiginoso do número de casos de coronavírus na capital, o clube está fechada e a brasiliense foi impedida de entrar no espaço para alimentar os bichinhos.
“Quem tem fome tem pressa, não é crível que os animais fiquem lá morrendo de fome. Nós respeitamos a quarentena e o decreto, não queremos colocar qualquer pessoa em risco”, afirmou a defensora.
Segundo Ana Paula, as visitas poderiam ocorrer sem desrespeitar o decreto, uma vez que o Iate está mantendo alguns serviços funcionando, como poda de árvores, vigilância e limpeza.
A ação foi protocolada na Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT).
Em despacho publicado na última quarta-feira (25/03), o juiz Carlos Frederico Maroja de Medeiros estipula 72 horas para que o Iate preste informações sobre os gatos e sobre a “adoção de alguma providência com relação à sobrevivência da fauna”.
O magistrado pede urgência, mas, como só foi citado na sexta (27/03), o clube tem prazo para se manifestar até esta segunda-feira (30/03).
“A análise do nosso pedido só ocorrerá após o juiz após ouvir o clube e o Ministério Público. Isso só irá acontecer para o início de abril, até lá os gatos já morreram de fome”, explica Ana Paula.
Procurada pelo Metrópoles, a assessoria de imprensa do Iate Clube de Brasília afirmou que “vai prestar todas as informações ao Poder Judiciário, na forma solicitada”.