Sob cuidados de empresa aérea, adolescente do DF desembarca em destino errado
Menino de 13 anos foi deixado aos cuidados de funcionário da Avianca, que o embarcou em voo para outra cidade
atualizado
Compartilhar notícia
Um adolescente de 13 anos de idade entrou em um voo no Aeroporto de Brasília, em 9 de fevereiro, com o objetivo de chegar a Florianópolis (SC) para ficar com a mãe, mas o passeio não ocorreu conforme o planejado. Sob cuidados de funcionários da Avianca, e depois de uma sucessão de erros, ele desembarcou em uma cidade cerca de 500 quilômetros distante do destino original: Porto Alegre (RS).
O pai do jovem, Eduardo Gontijo, relatou o incidente na sua página no Facebook. Ele foi com o filho até o terminal, fez o check-in diretamente no balcão da empresa e pagou R$ 120 para despachar uma mala. O adolescente recebeu uma pulseira vermelha, identificadora de pessoas que necessitam de acompanhamento, e se despediu do pai na área de embarque. “Fui com ele até a pessoa que o acompanharia e o deixei junto com um pequeno grupo de idosos”, contou Gontijo.
“Extravio de criança, foi o que rolou com meu filho”, disse Gontijo na publicação. Ele afirmou ter pedido ao filho que mandasse uma mensagem quando entrasse no avião, no momento da decolagem e após o pouso, e o menino assim o fez. No entanto, 10 minutos depois de desembarcar, o telefone de Gontijo recebeu várias chamadas do filho. Chorando, o menino desabafou: “Pai, estou em Porto Alegre, e agora?”.
Gontijo disse que tentou resolver a situação por telefone com a ajuda da mãe do garoto, que estava no balcão da Avianca, em Florianópolis. “Ninguém sabia explicar, mas isso não interessava na hora. O que queríamos era uma solução”, lembrou.
O adolescente foi encaminhado a um hotel da cidade, onde dormiu e dividiu quarto com um funcionário da empresa responsável por ele. Às 8h do domingo (10/2), o filho embarcou em um avião da Azul.
Por meio de nota, a Avianca classificou o episódio como pontual e disse que a companhia prestou “total assistência ao passageiro e à sua família”. A empresa reforçou, ainda, que segue rígidas normas e procedimentos de segurança.
A companhia não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre a não verificação do bilhete no momento do embarque, nem o porquê de, mesmo estando ocupado o assento comprado pelo pai do adolescente, o funcionário não ter conferido o motivo da duplicidade.